O dólar comercial fechou cotado nesta terça, 30 de julho, a R$ 3,295 para compra e R$ 3,300 para venda, sétimo recorde consecutivo desde a implantação do Plano Real, em 1994. O valor corresponde a uma alta de 3,61% em relação ao fechamento do dia anterior. A desvalorização do real no mês é de 14,54%. No ano, o percentual acumulado é de 29,81%.

A alta acentuada no final da tarde – a cotação havia cedido um pouco após o intervalo do almoço – se deve, segundo operadores, à busca de dólares para cobrir contratos futuros na tentativa de equiparar o valor da moeda americana no contrato para agosto com o valor à vista. O contrato para agosto é balizado pela Ptax (média das cotações diárias colhida pelo Banco Central) desta quarta, último dia útil de julho. Nesta terça, o dólar para agosto fechou em alta de 4,25% a R$ 3,28 – ainda mais barato que o dólar à vista.

Pouco antes do fechamento dos negócios, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, informou que a instituição continuará com as vendas diárias de US$ 50 milhões no mercado de câmbio, no mês de agosto. Segundo Figueiredo, a diferença é que as vendas serão sempre em espécie, ao contrário do que vinha ocorrendo neste mês, em que o Banco Central está fazendo intervenções diárias no mercado de câmbio, com a venda direta de dólares ou por meio de leilão de linha externa.

Além disso, Figueiredo informou que, em agosto, vencerão três linhas externas, no valor de US$ 735 milhões, que serão renovados.

– Achamos que é o mais apropriado para este período. Mas, em situações excepcionais, poderemos tomar a decisão de aumentar o volume da intervenção – disse o diretor do BC.

Nesta terça, o BC confirmou que interveio, vendendo dólares no mercado de câmbio pronto. Figueiredo disse que vendeu volume superior à ração diária de US$ 50 milhões.

– Houve adicional, ontem e hoje – afirmou, em entrevista coletiva.