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 | 29/07/2002 08h47min

Candidatos gastarão até R$ 24,8 mi

Apesar de o número de candidatos ao Palácio Piratini este ano ter quase duplicado em relação a 1998, o teto de gastos nas campanhas para governador declarado pelos partidos ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) teve um aumento real de apenas 9,35% se comparado com o apresentado no último pleito. Os 13 candidatos ao governo do Estado apresentaram este ano à Justiça Eleitoral uma previsão máxima de gastos de R$ 24,795 milhões.

Na eleição passada, os sete candidatos calcularam um limite de gastos de R$ 14,9 milhões (R$ 52,23 milhões, em valores de hoje, atualizados pelo IGP-DI). Este ano, os orçamentos de campanha para governador oscilam de R$ 15 mil a R$ 5 milhões. Poucos conseguirão gastar o que projetaram. Isso confirma as previsões dos partidos de que este seria um ano difícil para arrecadar fundos. Muitos dos tradicionais financiadores alegam que a crise econômica, agravada pela alta do dólar, impede a destinação de recursos aos candidatos.

O rateio de despesas foi a saída encontrada pelo comando da campanha da Frente Popular (PT-PC do B-PCB-PMN), que até o momento recorre ao chamado Fundo Comum de Campanha – caixinha formada por contribuições entre R$ 2 mil e R$ 17 mil arrecadados junto aos candidatos da aliança – para custear despesas iniciais, como bandeirolas de postes. O PT tem também como fontes de recursos a loja, que representa até 20% da arrecadação da campanha, e a contribuição voluntária dos filiados. Com exceção da Frente Popular, que com esse fundo conseguiu obter fôlego financeiro para dar a largada na campanha, a choradeira é geral nas siglas e coligações.

A maioria dos coordenadores financeiros faz uma previsão sombria sobre a relação dos gastos com a arrecadação de contribuições.

– Nossa campanha será espartana – exagera o coordenador da campanha do PPS, Nelson Proença.

Para enfrentar a falta de recursos, o comitê do candidato a governador Antônio Britto (PPS) foi instalado na sede do próprio partido. Nas viagens ao Interior, uma lojinha itinerante acompanha o candidato para vender adesivos, buttons, canetas e chaveiros e engordar o caixa. O coordenador da campanha de José Fortunati (PDT), da Frente Trabalhista, Romildo Bolzan Júnior, julga-se o mais prejudicado e afirma que a campanha tem sido muito mais de andar nas ruas do que de distribuir material. Entre os maiores partidos, a declaração de gastos do PDT para governador – teto de R$ 1,9 milhões – foi a mais modesta.

– Somos os mais pobres. Temos a prova dos santinhos, do cartaz, dos adesivos, mas não temos dinheiro para pagar nem mesmo a primeira prestação e, por isso, não mandamos fazer – conta Bolzan.

Percival Puggina, responsável pela campanha do candidato do PPB a governador, Celso Bernardi, chega a dizer que a campanha deverá ser “na base da ação entre amigos”. O coordenador da campanha de Germano Rigotto (PMDB), da aliança União pelo Rio Grande, Alberto Oliveira, afirma que o jeito é cortar gastos.

 – A maioria dos funcionários do nosso comitê é de companheiros do partido que não recebem salários. Os remunerados são poucos – destacou Oliveira.

Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002.


 
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