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 | 24/07/2002 08h44min

Crise afeta contas externas do Brasil

O baixo crescimento da economia e a desvalorização do real reduziram o déficit em transações correntes do Brasil em junho. Considerado o principal indicador da vulnerabilidade externa do país, o valor do mês ficou US$ 1,294 bilhão, 38,8% inferior ao de junho de 2001.

O Banco Central, no entanto, também prevê queda de 60% no ingresso de investimentos externos direto em julho, que devem somar US$ 800 milhões. Em igual mês do ano passado, ingressaram US$ 2 bilhões. O déficit em transações correntes representa o resultado negativo da diferença entre ingressos e saídas de dólares relativos a importações, exportações, viagens internacionais, remessa de lucros e dividendos.

De acordo com o Banco Central, o resultado é o melhor para os meses de junho desde 1994. A redução do déficit foi possível devido à queda dos gastos com serviços, o que ocorreu por conta da diminuição do ritmo do crescimento da economia e da alta do dólar. A balança comercial tem superávit superior a US$ 3,5 bilhões no ano.

– O problema é que esse ajuste nas contas até agora tem se dado pelo baixo crescimento da economia e, persistindo o ambiente de aversão ao risco Brasil, a queda de fluxo de capitais e a retração mundial, provavelmente no segundo semestre será preciso um ajuste maior – alerta o economista Dany Rappaport, da consultoria Tendências.

Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, a volatilidade externa está causando restrição do fluxo e liquidez para os países emergentes.


 
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