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 | 22/07/2002 22h24min

Guerreiro diz que só fica com jogadores que o clube possa pagar

Reuniões com atletas e comissão técnica se iniciam nesta terça-feira

O presidente tricolor, José Alberto Guerreiro, resumiu a situação do Grêmio em uma frase. Ele disse que só permanecerão no Estádio Olímpico aqueles jogadores cujos salários são possíveis de pagar. Os gastos com pagamentos e direitos de imagem chegam a R$ 1,4 milhão extra-oficialmente. A intenção, sem a verba da Libertadores, é reduzir este valor para R$ 700 mil.

O grupo de jogadores tomou conhecimento da medida nesta segunda, 22 de julho, no vestiário, quando houve o anúncio oficial do presidente Guerreiro (foto), junto com o novo vice de futebol Rudi Armin Petry – que assumiu no lugar de José Otávio Germano. Eles explicaram que o corte nas despesas é em função da eliminação na Libertadores e na redução nas cotas de transmissão do Brasileirão deste ano.

As reuniões individuais com os atletas e comissão técnica para discutir a nova política salarial se iniciam nesta terça. No entanto, alguns jogadores não acreditam que serão chamados para negociar redução salarial. Zinho, por exemplo, é um. Ele acha que não fará parte desse grupo pelo fato de já ter reduzido seu salário no início do ano. O capitão da equipe ainda tem valores a receber do clube relativos à renegociação de contrato anterior.

Já o defensor Roger pensa que os jogadores devem estar atentos aos seus direitos e todos devem brigar por eles, apesar de entender a necessidade do enxugamento. Situação diferente é a do zagueiro Mauro Galvão. O experiente jogador saiu do vestiário com a sensação de que seu período no tricolor está se encerrando. Ainda afirmou que com esses cortes, ele não deverá permanecer no Olímpico.

O departamento de futebol não será o único setor afetado. O quadro de funcionários será diminuído. Atualmente, 250 pessoas trabalham no clube. O pagamento de horas-extras será limitado ao máximo. E os investimentos em contratações serão modestos. O Grêmio espera aliviar sua folha com a saída de Polga, Rodrigo Mendes e Tinga, que interessam a clubes do Exterior. Pablo Hernández e Valdo poderão ter seus contratos rescindidos. Fábio Baiano deverá ser devolvido ao Flamengo. Nem mesmo cortes na comissão técnica estão descartados.

Arquivo / ZH


Foto:  Arquivo  /  ZH


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