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Lula diz que seu programa será uma resposta ao mercado

Plano vai ser lançado na terça, quando candidato fará discurso contundente

O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou neste domingo, 21 de junho, que seu programa de governo, a ser lançado na terça, não dará respostas ao mercado financeiro, apesar de assegurar instrumentos de controle da atual política econômica, como manutenção do superávit primário em 3,75% do Produto Interno Bruto (PIB). Lula diz estar mais preocupado com os indicadores sociais.

– Brincou-se muito com o mercado nos últimos anos, mas a preocupação excepcional do nosso plano, agora, é com a área social, porque esta é a grande dívida que temos de pagar – afirmou.

Na solenidade de lançamento do programa, em Brasília, o petista fará um discurso contundente em defesa da retomada do crescimento com produção industrial e geração de empregos. Em um dos cadernos temáticos, que deve ser divulgado com a plataforma petista, aparecerá a meta de criação de 10 milhões de empregos em quatro anos de governo.

Lula expôs alguns pontos do programa à tarde, ao participar da festa de posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC no Estádio de Vila Euclides, em São Bernardo do Campo. O petista falou para arquibancadas praticamente vazias num nítido contraste com os anos em que comandou históricas assembléias de metalúrgicos no Vila Euclides, no fim dos anos 70. Em 1980, 100 mil trabalhadores lotaram o estádio para protestar contra a prisão de Lula, então presidente do sindicato. Eram cerca de 2 mil que ouviam seu discurso e esperavam o show do sambista Jorge Aragão.

– Aqui começou a minha história e devo tudo o que aconteceu na minha vida ao que aconteceu neste estádio Luiz Marinho, presidente reeleito do sindicato, tentou amenizar a falta de "quórum".

– Hoje é dia de festa, não de luta, e a companheirada não tem obrigação de estar presente – justificou.

Vice na chapa do deputado José Genoíno, candidato do PT ao governo paulista, Marinho está licenciado e não chegou a reassumir o cargo no sindicato, que representa 100 mil metalúrgicos no ABC. Animado, Lula parecia não dar atenção ao baixo número de manifestantes. Estava mais interessado em falar de propostas para o país e na ampliação dos palanques de apoio à sua candidatura.

– Estamos percebendo que a economia norte-americana está numa crise profunda, mais grave do que a gente poderia imaginar – observou. Para ele, se o Brasil tivesse acreditado em um outro modelo econômico certamente não estaria tão vulnerável como está hoje.

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