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CPI colhe depoimentos sobre esquema de propinas do PT

Diretores de empresas apresentaram divergências sobre existência de cobrança de propina

A CPI que investiga as denúncias sobre um suposto esquema de propina na administração municipal de Santo André, colheu nessa segunda, dia 1º de julho, depoimentos divergentes entre si sobre a existência do esquema. Os recursos arrecadados seriviriam para financiar campanhas do PT.

Os diretores das empresas de ônibus Baltasar José de Souza (viação São Camilo), Carlos Sófio (Parque das Nações) e Osias Vaz (Expresso Padroeira do Brasil) negaram ter conhecimento do suposto esquema. Os três são ligados ao empresário Ronan Maria Pinto, um dos acusados no caso. Já Sebastião Passarelli, da Expresso Guarará, confirmou que havia cobrança de propina para o funcionamento das empresas.

Segundo Passarelli, ele mesmo teria entregue pessoalmente a propina, conhecida como "encomenda", aos empresários Ronan Maria Pinto e Sérgio Gomes da Silva. Afirmou que chegou a levar cerca de R$ 40 mil para Ronan, dinheiro que teria sido arrecadado para o pagamento de propina. Disse ainda que a empresa pagava R$ 550 por mês por veículo, num total de cerca de R$ 41 mil.

O empresário falou que sabia que outras empresas de ônibus de Santo André também eram obrigadas a pagar propina. Contou ainda que, no dia em que foi entregar pessoalmente a propina, sofreu retaliações de Ronan e Sérgio por ter deixado de fazer o pagamento em meses anteriores. Ele disse que outra linha foi colocada no lugar daquela que operada por sua empresa. Passarelli declarou que se sentiu roubado, mas que, depois da morte de Celso Daniel, assinado em janeiro, a cobrança cessou.

Passarelli é ligado a Rosangela Gabrilli, responsável pela Viação São José. O Ministério Público Estadual baseou sua denúncia de formação do esquema no depoimento de Rosangela e do médico João Francisco Daniel, irmão do prefeito de Santo André Celso Daniel, assassinado em janeiro deste ano. João Francisco depôs à CPI na semana passada.

No dia 28 de junho, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, já havia encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de inquérito criminal contra o presidente nacional do PT, deputado José Dirceu (SP), por suposto envolvimento no esquema de cobrança de propinas na prefeitura de Santo André.

 
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