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Câmara dos EUA vai investigar fraude contábil da WorldCom

O comitê de serviços financeiros da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos convocou ontem, dia 27, os atuais e antigos executivos da gigante de telecomunicações WorldCom para depor sobre a fraude contábil de US$ 3,8 bilhões, que inflou artificialmente os lucros da empresa. O secretário do Tesouro norte-americano, Paul O’Neill, classificou o escândalo da WorldCom de “arrepiante” e pediu que seja realizada uma investigação “com todo o alcance da lei”.

Depois do conglomerado Enron, a WorldCom é a nova protagonista de uma fraude contábil milionária. A empresa inflou artificialmente seus resultados financeiros, revelação que ainda repercute em todo o mundo. A companhia é a segunda maior operadora de telefonia de longa distância nos EUA e é controladora da Embratel no Brasil. Na quarta-feira, o efeito WorldCom derrubou quase todas as bolsas de valores no mundo. Ontem, as bolsas se recuperaram.

– Acho que não é possível que (uma fraude contábil) seja realizada por um único indivíduo – disse O’Neill. – O alcance do que foi feito na WorldCom requer a cumplicidade de algumas pessoas, creio, porque os números são tão grandes e a técnica é tão fundamental que isso é arrepiante.

O’Neill disse ainda que o escândalo levanta a necessidade de realizar reformas para que os chefes executivos sejam responsáveis pelas ações em suas firmas. Segundo a rede de TV NBC, além dos executivos da WorldCom, foi convocado para depor na Câmara de Deputados Jack Barney, analista da corretora Salomon Smith Barney. A audiência está marcada para o dia 8 de julho e irá analisar, entre outros temas, a recomendação feita sobre as ações da WorldCom pelo analista financeiro.

Barney reduziu a recomendação para os títulos da empresa na segunda-feira, um dia antes da revelação de fraude no balanço da companhia. Os executivos da WorldCom que foram intimados são o ex-executivo-chefe Bernard Ebbers, o atual CEO, John Sidgmore, e o antigo diretor financeiro Scott Sullivan. A sobrevivência da WorldCom depende da capacidade da companhia para garantir novos financiamentos no valor de US$ 5 bilhões.

Mas uma fonte em contato com os bancos que apóiam a empresa disse que não haveria novos empréstimos. Isso deixaria à companhia fundos insuficientes para cobrir suas despesas e os pagamentos de juros sobre sua dívida de US$ 30 bilhões. – A falência é agora uma possibilidade clara e iminente – disse Dan Reingold, analista do CS Boston nos Estados Unidos.

 
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