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 | 27/06/2002 14h14min

Ministro nega grampo em telefones de Lula e de membros do PT

O ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, afirmou nesta quinta-feira, dia 27, que não houve nenhum grampo, nem interceptação telefônica em relação ao candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Nesta quarta-feira, a assessoria de imprensa da Polícia Federal  em Brasília afirmou que havia um procedimento de investigação. Iniciada no dia 4 de dezembro de 2000, um dia antes de terminar a CPI do Narcotráfico, a investigação sobre Lula foi suspensa somente nesta quarta, após despacho do delegado Rodney Rocha Miranda à direção-geral do órgão sugerindo a suspensão. A iniciativa da apuração é obscura. Em nome da CPI do Narcotráfico da Câmara dos Deputados, o delegado Alberto Lasserre Kratzl Filho, que assessorava a comissão, encaminhou ao coordenador-geral central da PF denúncia segundo a qual Lula seria “possuidor de imóveis registrados em nome de terceiros” (laranjas).

A denúncia foi encaminhada a Kratzl Filho pelo escrivão da PF Paulo Roberto Poloni Barreto em novembro de 2000. Segundo Barreto, a denúncia teria sido feita por Fernando Tenório Cavalcanti, que dizia ser ex-prefeito de São Bernardo (SP). Nesta quarta, a coordenação de arquivo da Câmara emitiu declaração afirmando que o memorando usado por Kratzl e o documento do escrivão “não integram os autos da CPI do Narcotráfico”.

A partir do memorando de Kratzl, a PF iniciou vários procedimentos. Os documentos constam de um grupo de 11 páginas de despachos que o ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, entregou ao presidente do PT, deputado José Dirceu (SP), em maio. Dirceu procurou o ministro para saber sobre a veracidade de informação de que agentes da PF estavam nas cidades da Grande São Paulo para investigar Lula. Ao negar a informação, Reale entregou os documentos.

Com relação aos supostos grampos telefônicos realizados em alguns membros do PT e de que algumas prefeituras do partido estavam sendo investigadas pela Polícia Federal, Reale Júnior explicou hoje que a única interceptação telefônica feita foi no caso do assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel. Segundo o ministro, a operação foi encerrada assim que foram descobertos os autores do crime. O ministro esteve reunido há pouco com o líder do PT an Câmara, João Paulo Cunha (SP) e outros membros do PT. As informações são da Agência Brasil.  

 
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