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 | 25/06/2002 10h05min

Dólar abre com pequena queda ante cotação desta segunda

O dólar comercial é cotado na manhã desta terça-feira, 26 de junho, a R$ 2,772 na compra e a R$ 2,775 na venda, uma queda de 0,17% ante o fechamento de ontem. Nesta segunda, depois de chegar ao pico de R$ 2,860, a divisa norte-americana acabou o dia valendo R$ 2,781 na venda.

Analistas atribuem o aparente bom humor do mercado ontem à publicação de uma pesquisa à Presidência da República que mostra a queda de Luís Inácio Lula da Silva (PT) e o crescimento do candidato governista, José Serra (PSDB). Segundo dados da pesquisa CNT/Sensus, Lula tem 36,1% das intenções de voto e Serra 20,9%.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) inverteu a tendência dos últimos dias, em alta de 3,47%. O risco-país caiu 12,31%, para 1.524 pontos, e o Brasil baixou da segunda para a terceira posição no ranking, trocando de posição com a Nigéria. O risco-país é calculado pelo banco JP Morgan com base na diferença, em centésimos de pontos percentuais, entre os juros pagos pelos títulos da dívida de um país e os pagos pelos papéis do Tesouro norte-americano. O C-Bond, principal título da dívida brasileira, subiu 10,7%, para 63,3% do valor de face. O papel caíra para a menor cotação desde a desvalorização do real em janeiro de 1999.

Ontem, além da pesquisa, o baixo preço dos ativos, após as desvalorizações dos últimos dias, também ajudou, bem como a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), em reunião extraordinária, de aumentar o recolhimento compulsório de depósitos em poupança de 15% para 20%, o que deve reduzir a liquidez do mercado e a folga para a especulação em R$ 6 bilhões. Cerca de R$ 4 bilhões que estavam investidos nos fundos de investimentos migraram para a caderneta de poupança nas duas primeiras semanas de junho em razão das mudanças nas regras – o saldo da poupança teria passado de R$ 119 bilhões para R$ 123 bilhões. Essa foi a razão do aumento no depósito compulsório.

As reservas do país também engordaram em quase US$ 10 bilhões com a liberação de crédito do Fundo Monetário Internacional (FMI), somando US$ 42,397 bilhões. O empréstimo de US$ 9,93 bilhões foi anunciado no dia 14, mas demorou para entrar nas reservas porque a liberação dos recursos dependia de autorização da diretoria do FMI. Com isso, sobe para cerca de US$ 15 bilhões o débito com o Fundo. Sobre esse valor são pagos juros de 4% a 7% ao ano.

O presidente do BC, Armínio Fraga, afirmou tentar reestruturar a dívida pública interna seria “uma loucura”. Ele falou ontem no programa Roda Viva, da TV Cultura. Fraga se referia à proposta do banco de investimento Lehman Brothers, de uma megatroca da dívida interna como forma de o governo escapar do círculo vicioso de altos juros e crescimento da dívida. Fraga terá, a partir de amanhã na Europa, encontros com dirigentes de bancos e de governos.

 
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