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 | 11/06/2002 10h10min

Pesquisa revela comportamento do setor na década de 90

O setor comercial brasileiro registra crescimento de 65,4% no número de empresas e de 31,7% no de empregos na década de 90, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo período (1990/2000), a receita total aumentou 59,9% e o número médio de empregados por empresa caiu 20,3%.

De acordo com a Pesquisa Anual do Comércio, do IBGE, divulgada nesta terça-feira, 11 de junho, as vendas no varejo pela Internet representavam 0,1% em 2000, ou R$ 201,5 milhões, do total de receita líquida do setor. No mesmo ano, as vendas nas lojas foram responsáveis por 94,9% da receita e a comercialização de porta a porta ficou com 2,2%.

Em todo o país, 16.261 empresas comercializaram seus produtos de porta a porta, empregaram cerca de 25 mil pessoas e obtiveram uma receita de R$ 3,7 bilhões. 

Na década de 90, o número das empresas com até 19 trabalhadores cresceu 67,2%, o de empregados, 60,6%, e a receita em termos reais, 53,2%. Já o número de empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas aumentou 12,2%, o de empregados se manteve estável e a receita em termos reais cresceu 51,0%. Embora a remuneração dos trabalhadores nas empresas com 20 ou mais empregados tenha sido superior ao das empresas de pequeno porte, verificou-se que ao longo da década o salário médio neste segmento teve uma redução de 13,5%.

Na estrutura do comércio varejista, a participação dos hiper/supermercados passou de 19,1%, em 1990, para 24,9%, em 2000, enquanto que o comércio tradicional de armazéns e mercearias declinou de 15,0% para 8,5%. É importante destacar a diversificação dos produtos comercializados nos hiper/supermercados, transformando o segmento em um misto de supermercados e lojas de departamento. Já as lojas de departamentos/eletrodomésticos e móveis iniciaram a década com participação total do varejo de 13,2%, em 1990, passando para 13,1% em 2000. O comportamento reflete uma conjuntura desfavorável em função das taxas de juros elevadas, a perda do mercado para os hiper/supermercados e o fechamento de importantes lojas de departamentos/eletrodomésticos.

O comércio varejista de combustíveis registrou crescimento da participação na receita total, passando de 14,8%, em 1990, para 21,0%, em 2000. O resultado foi impulsionado, principalmente, pela evolução dos preços dos combustíveis combinada com o crescimento da demanda. O comércio de tecidos e artigos do vestuário teve perda expressiva de posição no varejo. Este segmento reduziu praticamente pela metade sua participação no faturamento do total das atividades varejistas entre 1990 (15,8%) e em 2000 (8,3%).

A estrutura do comércio atacadista, ao longo da década de 90, mostra um expressivo crescimento da participação do segmento de combustíveis, concentrando 35,5% do faturamento em 2000. Esse movimento reflete sobretudo o ingresso de novas empresas no mercado, combinado com aumentos dos preços dos combustíveis. Em contrapartida, o setor de alimentos, bebidas e fumo apresentou participação declinante, passando de 29,8% em 1990, para 17,9% em 2000. Com representatividade menor no comércio varejista, o segmento farmacêuticos e químicos apresentou uma participação significativa, passando de 6,5% em 1990 para 10,7% em 2000, o mesmo ocorrendo com o segmento mercadorias em geral, que passou de 4,1% para 9,3%. O segmento material de construção, no entanto reduziu substancialmente sua participação, passando de 7,8% em 1990 para 2,7 em 2000.

Veja tabela dos dados gerais das empresas comerciais no Rio Grande do Sul, segundo as unidades de atuação, divisão, grupos e classes de atividades selecionadas de 1998, 1999 e 2000.


 
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