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 | 10/06/2002 14h17min

Lavagna pedirá que FMI envie missão com urgência ao país

Governo deve concluir acordo com fundo para depois discutir antecipação de eleições

O ministro da Economia argentino, Roberto Lavagna, pedirá novamente à vice-diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Anne Krueger, que o organismo envie o quanto antes uma missão ao país. A expectativa é que a partir daí tratativas levem a um empréstimo financeiro para a Argentina. Na última quinta-feira, Lavagna já havia conversado com Anne durante 40 minutos. O fundo se mostrou insatisfeito com as medidas tomadas pelo governo para flexibilizar as restrições ao saques bancários – o chamado corralito. Para o FMI, a troca voluntária por bônus pode provocar alta do preço do dólar.

Neste domingo, o governo argentino anunciou que alguns bancos poderão antecipar a devolução dos depósitos retidos desde dezembro no corralito. A autorização, informou o secretário da Fazenda, Guillermo Nielsen, estará incluída no decreto presidencial que estabelece o sistema de troca dos depósito por bônus. Os bônus, com cinco a 10 anos de prazo, serão distribuídos em troca de parte dos depósitos. Nesta segunda, o governo regulamenta o decreto sobre o tema.

Em julho, a Argentina tem de honrar pagamentos de US$ 17 milhões a organismos multilaterais. Caso não receba empréstimo, o país terá de pagar o valor com reservas do Banco Central, que atualmente são de pouco mais de US$ 10 bilhões. Analistas acreditam que, se as reservas ficarem abaixo deste piso, a estabilidade do governo será afetada. O presidente Eduardo Duhalde sustenta que já cumpriu as exigências do FMI para obter a ajuda financeira, ao aprovar a Lei de Subversão Econômica – que trata de crimes financeiros – e modificações na Lei de Falências.

Hoje, o chefe de Gabinete, Alfredo Atanasof, afirmou que o governo não pensa em discutir a antecipação das eleições na Argentina antes de firmar um acordo com o FMI. Atanasof disse ainda que o objetivo do governo de Duhalde, além de garantir a ajuda financeira, é promover a paz social e começar o processo de recuperação econômica do país.

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