Um encontro com a ala oposicionista do PMDB deverá definir nesta terça-feira, dia 4, o rumo do senador Pedro Simon na convenção nacional do partido, marcada para o dia 15, quando seria confirmada a aliança em torno da candidatura do tucano José Serra (SP) à Presidência. A tendência é de que Simon se alie ao grupo contrário à aliança com o PSDB e provoque uma divisão no PMDB gaúcho. Já o pré-candidato do partido ao Palácio Piratini, deputado Germano Rigotto, apóia a aliança com Serra.

A candidatura de Rigotto é o entrave que impede Simon de apoiar a tese de aliança nacional com o PT defendida pelo grupo oposicionista, embora o senador já tem dado sinais de que vê com a simpatia a idéia. A interlocutores, Simon tem dito que seria mais fácil apoiar a proposta de não lançar candidato, com a conseqüente liberação de alianças nos Estados. A hipótese foi admitida nesta segunda pelo o senador Roberto Requião (PR), um dos líderes do grupo oposicionista e um dos maiores entusiastas do apoio ao pré-candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva.

A reunião da grupo anti-Serra ocorre nesta terça à tarde, depois do encontro da cúpula do PMDB que também se reunirá para recensear forças na convenção. O presidente estadual do PMDB, deputado Cezar Schirmer, deverá participar da reunião junto com Simon. Schirmer tem dito apenas que "o quadro está confuso", mas que o fato de o PMDB ser adversário do PT no Estado é um obstáculo que deverá impedir o apoio dos peemdebistas gaúchos à aliança nacional pró-Lula.

Além de Rigotto, defendem publicamente o apoio a Serra os deputados Darcísio Perondi e Osmar Terra.

Segundo Rigotto, Simon deverá optar pelo caminho que o PMDB gaúcho escolher. Os dois conversaram sobre o assunto durante um encontro, em Brasília, na última semana.

– Uma proposta de aliança nacional com o PT não terá um único voto do PMDB gaúcho na convenção – acredita Rigotto.