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Duhalde prevê assinatura de acordo com FMI em junho

Se o Congresso derrubar a Lei de Subversão Econômica e os governadores das províncias assinarem o pacto de ajuste fiscal, a Argentina deve firmar um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em duas ou três semanas, afirmou nesta terça-feira, dia 28, o presidente argentino Eduardo Duhalde. O presidente negou também qualquer possibilidade de adotar novamente o câmbio fixo, como aconteceu nos 11 últimos anos, até janeiro deste ano, o que levou a uma desvalorização de 70% da moeda local.

– Se a lei (de delitos econômicos) for derrubada e todos os governadores assinarem o pacto, dentro de duas ou três semanas teremos o acordo (com o FMI) finalizado e muito rapidamente viria o dinheiro para pré-financiar as exportações – disse Duhalde à rádio Mitre nesta terça.

Duhalde ainda afirmou que a Argentina "não pode se tornar uma ilha e se as políticas de globalização são injustas, ficar fora é muito pior, apesar dos subsídios que as nações desenvolvidas têm serem obscenos". O presidente argentino enfrenta outra dor de cabeça: a solução para o "corralito" (confisco de depósitos bancários). O ministro da Economia, Roberto Lavagna, preparou um plano – o quarto em menos de dois meses – para resolver a fonte de protestos diários dos correntistas. Estava previsto que o plano seria apresentado no meio da semana, mas o repúdio manifestado pelos principais bancos poderia atrasar seu anúncio.

Só nesta terça, três agências do Banco Francês foram atacadas e uma delas incendiada, durante a madrugada, por manifestantes no bairro Villa Urquiza, em Buenos Aires. Uma quarta agência, do Scotiabank-Quilmes em La Plata, também foi atacada. Desde o início do "corralito", a população vem atacando bancos. Porém, nos dois últimos dias, as manifestações têm sido mais agressivas.

Por conta dessa onda de violência, foi quase inexistente nesta terça-feira a circulação de caminhões e ônibus nas rodovias da Argentina por causa da greve dos produtores rurais e das empresas de transporte intermunicipal. Cerca de 3,5 mil caminhoneiros bloqueiam pontos estratégicos e mantêm-se ao longo de rodovias. Os produtores rurais reinvindicam uma política nacional de desenvolvimento agropecuário e redução de impostos às exportações e do óleo diesel. As empresas de ônibus pedem tarifas especiais para os combustíveis.

Um incidente causou constrangimento ao governo argentino nesta terça-feira. Um dos aviões da frota presidencial, o Tango 03, está detido na Holanda. O motivo é uma dívida que o governo argentino tem com a empresa holandesa de aviação Fokker estimada em US$ 1,9 milhão. A decisão de apreender o avião partiu da seguradora da Fokker. A Argentina se comprometeu a liberar uma parcela de US$ 300 mil da dívida para que o avião seja liberado.

Também nesta terça uma empresa de aviação anunciou que está transferindo seus investimentos da Argentina para o Brasil. A Alitalia, que tinha a Argentina como ponto central das operações na América do Sul, decidiu investir pesado no Brasil, segundo o diretor-geral da Alitalia para o Brasil, Luca Martucci. A empresa anunciou que a partir de agora vai ampliar para 7 o número de vôos semanais entre os países, além de aumentar a oferta de assentos com aviões maiores.

 
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