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 | 28/05/2002 10h31min

PIB brasileiro cai 0,73% no primeiro trimestre de 2002

No acumulado dos últimos quatro trimestres, economia teve expansão de 0,29%

No primeiro trimestre de 2002, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro a preços de mercado caiu, em volume, 0,73% na relação com o mesmo período do ano passado. O resultado foi conseqüência da estabilidade no valor adicionado a preços básicos (sem a contabilização dos impostos) e pela queda de 6,44% nos impostos sobre produtos.

Segundo a pesquisa divulgada nesta terça-feira, dia 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os setores que contribuíram para a geração do valor adicionado, houve crescimento da agropecuária (4,36%) e dos serviços (1,71%) na relação entre o primeiro trimestre deste ano e o de 2001. A indústria registrou queda de 3,91% neste período.

No acumulado dos últimos quatro trimestres, a economia apresentou expansão de 0,29%, considerando os últimos 12 meses, encerrados em março. Em comparação ao quarto trimestre de 2001, o PIB nos primeiros três meses deste ano cresceu 1,34%.

Para alguns economistas, dois trimestres seguidos com resultados negativos significam recessão. Os números referentes ao último trimestre de 2001 apontam queda de 0,69% no PIB brasileiro. Técnicos do IBGE descartam o termo recessão, mas apontam desaceleração da economia.

O número divulgado nesta terça pelo IBGE também é mais otimista que a projeção apresentada no Boletim de Conjuntura nº 57 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado em 22 de maio. Segundo o documento, o PIB deveria sofrer retração de 1% no primeiro trimestre deste ano, maior que os -0,73% registrados. De acordo com análises do instituto, neste ano, o índice deve crescer 2%.

Anteriormente, as projeções do Ipea apontavam expansão de 2,5% da economia do país em 2002. O boletim do Ipea atribui a reversão das expectativas favoráveis aos efeitos adversos das mudanças no quadro eleitoral, ao aumento da inflação e à interrupção do processo de redução da taxa básica de juros, a Selic, ensaiado pelo Banco Central em fevereiro e março. Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 18,5% ao ano.

Outro ponto que contribuiu para o rebaixamento da previsão, de acordo com o Ipea, foi o efeito da crise argentina nas exportações brasileiras, embora tenha ocorrido uma recuperação na economia mundial antes do esperado. O instituto prevê ainda que a atividade econômica do Brasil só retome o crescimento a partir do segundo trimestre de 2002.

 
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