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Manifestações marcam o Dia do Trabalho em todo país

As mudanças na Confederação das Leis Trabalhistas (CLT) marcaram a maior parte dos atos sobre o Dia do Trabalho nesta quarta-feira, 1º de maio. O ministro do Trabalho, Paulo Jobim, defendeu, em São Paulo, a retomada da discussão do projeto que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Jobim participou da comemoração organizada pela Força Sindical, na Praça Campos de Bagatelle, na capital paulista.

Em Guarulhos, na Grande São Paulo, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, criticou as mudanças propostas pelo governo à CLT. Felício participou de evento promovido pela central sindical com a presença de 10 mil pessoas, de acordo com a assessoria da CUT. A proposta saiu da pauta de discussão em regime urgente urgentíssimo para que os deputados pudessem votar a continuidade da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Jobim espera que, até o fim do ano, o assunto volte ao plenário da Câmara. Segundo Jobim, as mudanças previstas no plano incentivarão as negociações trabalhistas.

– O Brasil tem hoje 2,5 milhões de ações trabalhistas em andamento, contra uma média de 70 a 75 mil em outros países – comparou.

De acordo com o ministro, a lei atual dá incentivo ao conflito e não à negociação. A Força Sindical reuniu cerca de 1,5 milhão de pessoas em sua festa do Dia do Trabalho, na praça Campo de Bagatelle, zona norte de São Paulo. A estimativa é Polícia Militar. O evento contou com uma série de shows durante todo o dia – como do KLB, Fat Family, Wanessa Camargo e Ivete Sangalo, entre outros. Além disso, a Força sorteou cinco apartamentos e 11 carros. Além de artistas, o evento teve ainda a participação de políticos. O candidato à Presidência do PSB, Ciro Gomes, fez breve discurso no local. Ele estava acompanhado pelo deputado federal e ex-governador de São Paulo Luiz Antônio Fleury Filho (PTB-SP), pelo deputado federal Luis Antonio Medeiros (PL-SP) e pelo presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. O presidente da Força chegou a pedir abertamente à população que assistia aos shows votos para Ciro.

Porém, foi o nome de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato à Presidência da República, que provocou reação mais calorosa no público. Antes de Paulinho pedir votos para Ciro, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e membro do Conselho Fiscal da Força, Jorge Nazareno Rodrigues, conclamou o voto em Lula. A divergência na opção pelos candidatos entre os membros da Força, diz Rodrigues, é reflexo "da composição pluralista e democrática" da entidade.

O presidente da CUT considerou acertada a estratégia adotada pela entidade de descentralizar os atos de comemoração do 1º de Maio, que aconteceram em diversos pontos da Grande São Paulo, com 26 grandes atos em todo o país. Dez atos-shows aconteceram na Região Metropolitana de São Paulo, sendo sete na Capital e três na Grande São Paulo.

– Falamos para um público que não conhece seus direitos e nem está acostumado a nos ouvir – disse.

Lula esteve presente nos atos de Itaquera, na zona leste, Campo Limpo, na zona sul, e de Santo André, no Grande ABC (SP). A CUT também divulgou um manifesto no qual condena a proposta do governo federal de alterar a CLT, tornando flexíveis os direitos trabalhistas. O texto faz ainda um balanço crítico do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, acusando-o de praticar "uma política econômica recessiva, que causa desemprego, miséria e violência".


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