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 | 01/05/2002 12h16min

PPS lança Britto candidato ao Piratini

Acabou o suspense no PPS: o ex-governador Antônio Britto será candidato ao Palácio Piratini. O PPS prepara o lançamento festivo da candidatura para os próximos dias.

Conclamado pelos integrantes do diretório regional a concorrer, Britto pediu nesta quarta-feira, 1º de maio, alguns dias para decidir, mas fez um discurso de candidato no encontro extraordinário do diretório do PPS e deixou os deputados convencidos de que a candidatura é irreversível.

O discurso no encerramento do encontro provocou euforia nos cerca de 150 integrantes do PPS que compareceram à sede do partido, no bairro Floresta:

– Não tenho direito a projetos pessoais. O fim da aliança nos liberou para uma situação nova e para mim diferente: o confronto entre minha vontade pessoal, que sempre foi e continua sendo de não disputar, e a necessidade de que a gente possa então colaborar.

A chapa deverá contar com o senador José Fogaça, candidato à reeleição. A outra vaga de senador e a de vice ficarão em aberto para os parceiros que o partido começará a buscar a partir desta quinta.

Apesar de se considerar "em liberdade" para a disputa em torno da sucessão estadual, em virtude do fracasso da formação da Frente Trabalhista com o PDT e o PTB, Britto disse que a aliança ainda tem possibilidades de se concretizar.

– Se hoje ou amanhã o PDT adotar uma atitude negociadora, estarei disponível para conversar – afirmou, ressaltando que a Frente foi rompida unilateralmente pelo partido de Leonel Brizola.

PDT e PTB formalizaram um pacto nacional em torno da candidatura presidencial de Ciro Gomes (PPS). O acordo obriga o PTB gaúcho a apoiar José Fortunati (PDT) para o Piratini, apesar de o partido ter preferência por Britto no Estado. Na avaliação do PPS, a decisão não isolou o ex-governador.

– Esse isolamento não foi comunicado às ruas. Pela primeira vez na história da humanidade, estar com 2 ou 3 milhões de pessoas é estar isolado – disse o próprio Britto, referindo-se ao desempenho nas pesquisas de intenção de voto.

O PPS tenta uma aliança com o PFL. Apesar da pouca estrutura no Estado, a sigla tem um dos maiores espaços no rádio e na TV. O PFL gaúcho, porém, depende de uma decisão nacional para dar início às conversações com o PPS. Se o partido assumir formalmente o apoio ao candidato do PSDB à Presidência, José Serra, a aliança fica inviabilizada no Estado.

– As conversas estão complicadas porque que as pessoas que conversam não sabem se podem conversar – disse Britto em entrevista coletiva concedida depois da reunião do PPS.

Com a imprensa, o ex-governador manteve o suspense em torno de sua candidatura. No início da entrevista, chegou a brincar com os jornalistas, afirmando que era candidato à "reeleição". Depois de uma pausa, completou:

– A conselheiro do Grêmio.

Britto evitou confirmar a indicação de seu nome, alegando que o rompimento da Frente Trabalhista ainda era muito recente. Britto pediu ao presidente estadual do PPS, deputado federal Nelson Proença, "dois ou três dias, uma semana no máximo" para confirmar sua intenção de concorrer.

Britto espera contar com o apoio do PTB, apesar da decisão do comando nacional de forçar a coligação com o PDT.

POTI SILVEIRA CAMPOS
 
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