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Quadro eleitoral gaúcho se define até quarta-feira

O quadro eleitoral gaúcho ficará praticamente definido no primeiro dia de maio. Nesse dia, está previsto o anúncio da candidatura de Antônio Britto a governador, se fracassarem as negociações para a formação da Frente Trabalhista no Estado. Com a confirmação da candidatura de Britto, faltará apenas o PSDB decidir se terá candidato próprio ao Piratini. Uma tentativa derradeira de salvar a Frente Trabalhista – aliança que apóia nacionalmente o candidato Ciro Gomes à Presidência – no Estado ocorrerá nesta segunda-feira, dia 29, às 11h, entre os dirigentes do PDT, PPS e PTB.

Na sexta-feira, dia 26, apesar de oficialmente todos terem retirado os vetos recíprocos, as negociações emperraram na falta de um nome capaz de unir os três partidos. O PDT não admite a candidatura de Britto, o PPS se recusa a apoiar José Fortunati e o PTB tenta salvar a frente sugerindo o nome do senador José Fogaça, que não entusiasma nem o PDT, nem o próprio PPS. O PPS está com toda a campanha de Britto montada, só esperando o rompimento formal da Frente Trabalhista para colocar o nome do ex-governador na rua. Depois de passar meses afirmando publicamente que não seria candidato a mais um mandato de governador, Britto mudou de postura na semana passada.

Pressionado pelos companheiros de partido que com ele deixaram o PMDB em outubro do ano passado para se filiar ao PPS, Britto recuou na terça-feira, depois que vislumbrou no PTB e no PFL dois possíveis aliados. Sem um sinal verde dessas duas siglas, dificilmente Britto aceitaria entrar na disputa. A decisão do PMDB de lançar o deputado federal Germano Rigotto para governador também contribuiu para a mudança de postura de Britto. Os dirigentes do PPS consideram Rigotto um adversário menos temível do que o senador Pedro Simon e confiam no apoio do deputado em um eventual segundo turno entre Britto e Tarso Genro (PT).

Os próprios dirigentes do PPS avaliam que só duas hipóteses podem tirar Britto da disputa pela cadeira que foi sua de 1995 até o final de 1998: o PDT abrir mão de Fortunati em favor de Fogaça e o PPS ficar isolado com a aliança entre PDT e PTB, anunciada pelo comando nacional, sem contar com o PFL. Fora da disputa para o governo, o mais provável seria uma candidatura de Britto a deputado estadual, em solidariedade aos deputados que saíram com ele do PMDB. O ex-governador exerceria o papel de puxador de votos do PPS.

DIONE KUHN

 
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