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 | 25/04/2002 23h35min

Lavagna deve ser o novo ministro da Economia

O embaixador da União Européia mostrou disposição em aceitar o cargo

O embaixador da União Européia, Roberto Lavagna, é o nome mais cotado para ser o novo ministro da Economia da Argentina. Lavagna chega esta sexta-feira, dia 26, a Buenos Aires, de Bruxelas, para falar com o presidente Eduardo Duhalde. Segundo especulações da imprensa argentina, ele já teria até aceitado o cargo.

Na quinta-feira pela manhã, o embaixador mostrou disposição de aceitar:

– Não pode se negar a colaborar com o governo.

Além disso, tentou não se comprometer.

– Não podemos dar as costas ao mundo, mas tampouco podemos ignorar as necessidades da população, disse, em referência às exigências do FMI e aos protetos populares.

Integrante do Partido Justicialista (peronista), Roberto Lavagna foi nos anos 80 secretário da Indústria e Comércio do ex-presidente Raúl Alfonsín (1989-1999), da União Cívica Radical. Foi um dos impulsionadores do Mercosul em seu início.

Seu nome, porém, enfrenta resistências no peronismo porque, depois de sua passagem pelo governo Alfonsín, "havia ficado demasiado vinculado a setores da UCR". Também pesa contra ele sua participação na criação do fracassado Plano Austral, em 1985. Mesmo assim, parece ser ele o preferido de Duhalde para o cargo que até terça-feira, dia 23, foi de Jorge Remes Lenicov, que renunciou.

Duhalde também deve conversar nesta sexta com outro ministeriável, o economista Guillermo Calvo. Diante das dúvidas sobre o melhor nome para o cargo, setores do governo defendem a permanência do renunciante Jorge Remes Lenicov.

Nesta quinta-feira, dia 25, insatisfeitos com o anúncio de um ajuste fiscal ao gosto do Fundo Monetário Internacional (FMI), funcionários públicos estatais e desempregados realizaram nesta quinta-feira, dia 25, piquetes em 20 estradas na província de Jujuy, no norte.Em Buenos Aires, mais de 1,5 mil membros do Bloco Piqueteiro Nacional bloquearam as pontes de acesso à zona sul e marcharam rumo ao centro da cidade, sob o lema: "estamos contra a política econômica de Duhalde e do FMI".

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