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Sem-teto erguem casas em terreno de escola em Novo Hamburgo

A invasão revoltou pais de estudantes e professores

Os 11 hectares pertencentes à Escola Estadual Senador Alberto Pasqualini, de Novo Hamburgo, foram invadidos por 26 famílias integrantes do Movimento Nacional de Luta pela Moradia. O mesmo grupo havia invadido um galpão do colégio em maio do ano passado.

A situação revoltou professores e pais de alunos e provocou, na terça-feira, uma denúncia do deputado estadual Jair Foscarini (PMDB) à Comissão de Educação da Assembléia. O terreno, coberto de mata nativa e por onde passa um arroio, já está demarcado com estacas. O matrizeiro Luís Carlos Mello, 36 anos, um dos invasores, explica que o galpão que ocupava com as outras famílias pode desabar. Esse seria o motivo para iniciar as novas construções, entre elas até um galinheiro.

– Entramos aqui rompendo o cadeado. A direção quer nos tirar, mas isto aqui não é deles – alega Mello.

A decisão de separar aleatoriamente lotes do terreno e construir as moradias ocorreu três semanas depois de uma reunião na escola com o coordenador da 2ª Coordenadoria Regional de Educação (2ª CRE), Paulo Prestes, e com o diretor do Departamento de Relações Comunitárias da Secretaria Estadual de Habitação, Nelson Spolaor.

– Só vieram aqui nos informar de que o Estado iria dar lotes do terreno da escola para as famílias de invasores. Não fomos consultados sobre nada disso antes – conta a vice-diretora, Jeane Inticher.

As famílias que ocuparam a área dizem não ter outro lugar para ir e, entre as construções, afixaram bandeiras do Movimento Nacional de Luta pela Moradia.

O diretor do Departamento de Relações Comunitárias da Secretaria de Habitação, Nelson Spolaor, explica que existem duas situações, a de famílias que chegaram em maio do ano passado e a de famílias que estão há muito tempo. São famílias de ex-funcionários que residem na escola há anos, dentro de uma política de governos anteriores. Segundo Spolaor, a secretaria está trabalhando para a regularização de todas as famílias.

O coordenador da 2ª CRE, Paulo Prestes, afirmou que este é um problema social que pode levar tempo a ser solucionado, enquanto isso será preservado o funcionamento da escola.

GÉSSICA TRINDADE
Miro de Souza / ZH


Foto:  Miro de Souza  /  ZH


 
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