O PMDB gaúcho começou nessa terça-feira, dia 9, a articular a defesa do senador Pedro Simon como vice na chapa de José Serra (PSDB-SP) à Presidência. A iniciativa, no entanto, pode esbarrar na cúpula nacional do PMDB, que pretende indicar alguém mais afinado com seu grupo. As conversas entre o PMDB gaúcho e aliados de Serra, porém, se intensificaram ontem.

– Estamos analisando essa possibilidade para ver o que existe de verdadeiro sobre o assunto – disse o presidente estadual do PMDB, deputado Cezar Schirmer.

Ontem, Schirmer frisou que o partido ainda não desistiu de ter Simon como candidato ao governo. Uma alternativa que poderia forçar Simon a assumir uma candidatura ao Piratini seria o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de verticalizar as coligações. O julgamento ocorrerá no dia 17. Com isso, o PMDB poderia voltar a negociar com o PDT, tendo Simon como candidato da aliança.

Mas, internamente, poucos acreditam nessa hipótese, e o nome do deputado federal Germano Rigotto já é aceito com naturalidade. Rigotto deve ser lançado como candidato ao Piratini em convenção que será realizada no dia 28. O ex-ministro Odacir Klein deverá ser o candidato ao Senado.

– Ele (Simon) tem apresentado uma série de dificuldades, mas nunca fecha totalmente a porta. Independentemente disso, a aceitação ao nome do Rigotto hoje é muito boa – avaliou o presidente da Associação de Vereadores do PMDB no Estado, Luiz Fernando Zachia, que esteve ontem em Brasília pressionando o senador a assumir a candidatura ao governo do Estado.

No encontro, Simon disse a Zachia que defende a candidatura de Rigotto ao Piratini. A maior dificuldade de Simon ocupar a vaga de vice de Serra continua sendo a cúpula nacional do PMDB.

– É preciso um nome com sintonia. Simon é uma bela figura, mas nos últimos tempos ele tem tomado posições equivocadas – disse o presidente do PMDB, Michel Temer (SP).

KLÉCIO SANTOS