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 | 31/03/2002 21h25min

Governo deve anunciar plano social nesta semana

Duhalde pretende empregar 1,3 milhão de chefes de família

O presidente argentino, Eduardo Duhalde, deve anunciar nesta semana um ambicioso plano social que dará emprego a 1,3 milhão de chefes de família desempregados. A principal preocupação é a produnda crise social em que o país está vivendo. Ondas de saques foram registradas nos últimos dias em diferentes pontos da Argentina. Duhalde garante que este pacote social será o únnico anúncio do governo nos próximos dias. Técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) começam a chegar nesta segunda-feira à Argentina, de forma escalonada, e ficarão até o próximo dia 17.

– A partir de maio todos os chefes de família sem emprego da Argentina terão um trabalho de quatro horas por dia e um salário de 150 pesos por mês – antecipou o presidente.

Ao longo da última semana criou-se grande expectativa na capital argentina por uma série de medidas, que incluíam diversas exigências do FMI, entre elas, a suspensão da lei de subversão econômica e a eliminação da lei de falências. Além disso, previa-se uma retenção de 20% sobre todo tipo de exportações, com a qual o governo pretendia obter US$ 3 bilhões para as arcas do Tesouro.

Duhalde desmentiu explicitamente esta retenção no último sábado durante um programa de rádio. Desta forma desautorizou o vice-ministro da Economia, Jorge Todesca, que poucas horas antes havia afirmado que a única medida confirmada era a retenção às exportações. O recuo de Duhalde teria sido causado pelas pressões do setor exportador, que protestou em conjunto contra a possibilidade de retenções.

A missão do FMI, assim como a anterior, no início de março, tem como objetivo identificar os problemas do país e traçar as linhas de ação para solucioná-los antes de um eventual empréstimo de ajuda. O ministro da Economia, Jorge Remes Lenicov, disse acreditar que no início de maio o governo deverá alcancar um acordo com o FMI. Com a visita dessa missão técnica será elaborada "uma minuta" que será discutida na "reunião da primavera" do FMI, prevista para os dias 20 e 21 de abril.

O governo de Eduardo Duhalde espera obter créditos de aproximadamente US$ 9 bilhões, congelados pelo órgão desde dezembro passado, quando a Argentina excedeu seus gastos públicos. Os técnicos do Fundo encontrarão uma economia que completará, em junho, quatro anos em recessão. Trata-se da crise mais prolongada da história do país. Segundo informe do Centro de Estudos Bonaerenses (CEB), representa perda de 46 bilhões de pesos para a industria nacional.

 
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