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 | 20/03/2002 07h24min

Cresce pressão sobre Britto

Apesar da pressão de companheiros do PPS e até de adversários do PT, o ex-governador Antônio Britto reiterou nesta terça-feira, dia 19 de março, que se colocou à disposição do partido para, se for o caso, disputar qualquer cargo eleitoral que não seja o de governador. Um importante líder do PPS chegou a afirmar que Britto precisa se definir logo se vai ou não disputar o Palácio Piratini para que o partido possa saber se poderá ou não contar com ele.

No PT, dirigentes e até o candidato a governador Tarso Genro têm feito provocações para que Britto assuma sua candidatura. Minutos antes de embarcar de São Paulo para Porto Alegre, nesta terça, Britto respondeu à indicação:

– Há três anos e meio digo que não serei candidato ao governo. Não preciso me definir sobre uma coisa que já decidi.

E mandou um recado ao PT:

– Agradeço muito o apoio do pessoal do PT, mas acho que eles deveriam cuidar dos seus próprios problemas para não ter mais que passar a vergonha de não conseguir manter seu governador como candidato à reeleição.

Britto afirmou que hoje sua prioridade são as negociações em torno da possível aliança do PPS com o PTB e o PDT. Apesar de seu empenho, mesmo dentro do PPS há quem esteja descrente num acordo, já que o presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, não aprova uma aproximação com Britto. Além disso, os trabalhistas já têm um candidato no Estado, o presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, José Fortunati.

A vereadora da Capital, Clênia Maranhão (PPS), disse que seu candidato a governador é Britto, mas ressalva que a prioridade é fechar uma aliança forte e depois discutir a chapa majoritária. Já o deputado estadual Bernardo de Souza (PPS) acredita que uma aliança dos três partidos “pode perfeitamente contemplar a todos”, mas faz um alerta:

– Não podemos sentar para negociar com condições ou vetos.

O presidente estadual do PPS, deputado Nelson Proença, evita falar em nomes, embora seu apoio a Britto seja de domínio público. Como principal dirigente do PPS gaúcho, prefere adotar uma postura diplomática e fala em se aliar ao PTB e ao PDT:

– Costumo dizer que primeiro tem de pintar o clima. Quando isso acontecer, o resto se consuma.

RODIMAR OLIVEIRA
 
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