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 | 07/03/2002 09h12min

Varig tem dia decisivo nesta sexta

Quatro membros do Conselho de Curadores da Fundação Ruben Berta, controladora da holding FRB-Par, que detém a Varig, a Rio-Sul, entre outras empresas, estarão hoje, dia 7, na Capital. Eles vão apresentar à Procuradoria de Justiça de Prefeitos e Fundações do Ministério Público Estadual (MP) o que será discutido na assembléia geral extraordinária marcada para amanhã, no Rio.

Em pauta, estará o plano de capitalização das companhias da FRB-Par, que pode envolver desde parcerias estratégicas até a venda de ativos. Segundo fontes do setor aéreo, um banco estaria intermediando a negociação para que a Varig venda até 36% das ações em poder da fundação, que controla 87% do grupo. Especula-se que a Rio-Sul seria um dos ativos do grupo que poderia ser vendido.

Entre os possíveis sócios estariam a Boeing e a General Eletric (GE). Porto Alegre também será sede hoje da terceira reunião entre os pilotos da Varig e a diretoria da empresa. A crise já resultou na demissão de 25 pilotos, inclusive membros da diretoria da Associação de Pilotos da Varig. Em 2 de fevereiro, os pilotos decidiram iniciar um movimento, chamado de operação-padrão.

O objetivo da Apvar é retomar as negociações com a diretoria, que desde dezembro estão rompidas. O grupo questiona a forma como a companhia vem sendo administrada. Há cerca de três semanas, a Apvar, apoiada pela senadora Emília Fernandes (PT), encaminhou representação ao Ministério Público Estadual (MP) para tentar revogar a alteração estatutária na Fundação Ruben Berta, realizada em 15 de fevereiro de 2001, que ampliou os benefícios da entidade às demais empresas do grupo.

Segundo um membro da Apvar, que preferiu não se identificar, a mudança permite que a Varig seja extinta, sem que o patrimônio da fundação seja dividido com os funcionários (o que constaria do estatuto), já que a companhia se tornou apenas um braço da FRB-Par, depois da alteração. Caso a Fundação autorize que a FRB-Par ceda participações ou abra mão de direitos de subscrição de empresas por ela controladas, será um sinal verde para que a Varig, com dívidas de R$ 1,2 bilhão, ou outra empresa do grupo, façam parcerias ou sejam vendidas.

PEDRO DIAS LOPES

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