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FH apela para que ministros do PFL permaneçam nos cargos

Presidente reiterou importância de equilíbrio em época de votação de projetos importantes

Para evitar a saída do PFL da base governista, o presidente Fernando Henrique Cardoso fez na noite desta segunda-feira, dia 4, um apelo aos três ministros do partido, Roberto Brant (Previdência), José Jorge (Minas e Energia) e Carlos Melles (Esporte e Turismo) para que não sigam os passos do ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, que deixou o cargo.

Em Belo Horizonte (MG), Estado para onde viajou a fim de se reunir com a cúpula do PFL, em Uberaba, a governadora do Maranhão e candidata do PFL à Presidência, Roseana Sarney, cobrou uma investigação "ilimitada" sobre as suspeitas de corrupção contra ela e seu marido, Jorge Murad. O titular do Meio Ambiente pediu demissão em solidariedade à irmã. Ele será substituído pelo secretário executivo da pasta, José Carlos Carvalho.

Na reunião, que teve a participação do presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, FH admitiu ainda que o ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, exagerou no tom das declarações ao defender a ação da Polícia Federal (PF) no escritório de Jorge Murad. O episódio, ocorrido na sexta-feira, deflagrou a crise entre o PFL e o Palácio do Planalto. A empresa investigada, a Lunus, de propriedade de Roseana e Murad, que é também gerente de Planejamento do governo do Maranhão, teria sido utilizada para guardar provas de desvio de recursos da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).

O presidente ainda tentou convencer a cúpula pefelista de que o episódio não favoreceria a candidatura do tucano José Serra à Presidência, mas sim a do petista Luiz Inácio Lula da Silva. Assessores do presidente confirmaram que FH estava preocupado em contornar a crise antes de sua viagem ao Panamá, para onde embarca ao meio-dia desta terça.

No encontro, realizado no Palácio da Alvorada, o presidente reiterou a importância da manutenção do equilíbrio nesse momento, ressaltando que a base do governo deve ser preservada porque ainda há projetos importantes a serem votados no Congresso, como a prorrogação da CPMF. Além de Virgílio, o presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), e o ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, participaram do encontro.

O presidente está certo de que a razão e o bom senso evitarão que reações emocionais de primeira hora impeçam o entendimento mais sereno dos fatos.
Mesmo que consiga manter o PFL no governo, alguns assessores acreditam que Fernando Henrique vai acabar acelerando o processo de reforma ministerial, escolhendo os substitutos dos ministros que sairão até o dia 5 de abril para disputar as eleições de 2002.

 
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