É com recursos da SAP, a maior empresa de software da Europa, que o Hoffenheim pretende tirar o zagueiro Leo do Grêmio. Avaliada por publicações especializadas como a maior rival da norte-americana Microsoft, a SAP é a principal patrocinadora do clube alemão. O fundador, Dietmar Hopp, investiu pesado para levar o clube à primeira divisão e planeja erguer uma arena na cidade de 3,5 mil habitantes. Desde 1997, ele também patrocina a equipe de Fórmula-1 McLaren.

Em 2007, a SAP investiu € 20 milhões (R$ 52,3 milhões) em reforços, entre eles Carlos Eduardo, para conduzir o Hoffenheim à primeira divisão. Para 2008, o projeto é mais ambicioso. O objetivo é contratar pelo menos cinco jogadores de primeira linha para chegar ao menos à Copa da Uefa. A condição é de que sejam jovens. Um dos escolhidos é Leo.

– Futebol é como bolsa de valores. Hoje, as ações de Leo estão em alta. Dinheiro não é problema para o Hoffenheim – garante o empresário Evandro Schmitt, da Rogon, empresa que divide com o empresário Jorge Machado os direitos de representação de Leo.

No ano passado, a Rogon intermediou a venda de Carlos Eduardo por € 7 milhões (R$ 18,2 milhões). Uma das cláusulas do contrato garantiu ao Grêmio mais € 500 mil (R$ 1,3 milhão) pelo acesso do Hoffenheim. O depósito será feito nos próximos dias. Por Anderson Pico, o interesse alemão parece não ser o mesmo. Sem atuar desde o dia 1º de abril, devido à fissura na fíbula da perna direita, perdeu visibilidade.

– Não sei de nada. Primeiro, tenho que voltar a jogar – afirma o lateral que admite ainda não estar pronto para a Europa.

Ao observar imagens de Pico, o técnico Ralf Rangnick notou que se trata de um destro no lado esquerdo. A preferência do Hoffenheim é por um canhoto. O presidente Paulo Odone admite negociar, mas depois da Olimpíada, em agosto.

– Não vender é impossível. Quem sabe vendemos apenas uma parte e obtemos valorização numa futura venda na Europa? – raciocina o presidente.