| 20/05/2008 08h10min
Mais uma vez as organizadas ficaram em xeque após os incidentes entre as organizadas do Coritiba e do Figueirense, no domingo. De acordo com o promotor do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Andrey Cunha Amorim, se ficar provado que a Gaviões Alvinegros incitou a violência, ela pode ser extinta. As entidades catarinenses também vão estudar uma forma de barrar as organizadas de outros Estados.
No domingo, quatro ônibus de uma organizada do Coritiba pararam próximo à sede da Gaviões Alvinegros, no Bairro Estreito, e tentaram invadir o local. Os paranaenses depredraram sete carros e atiraram pedras nos alvinegros. Houve uma correria no bairro e algumas pessoas ficaram feridas. Mas, se durante as investigações ficar provado que os torcedores de Florianópolis incitaram a violência, a organizada do Figueirense terá problemas.
— Se a investigação concluir que a torcida do Figueirense teve participação, vai ser extinta. Desde que tenha sido ela que incitou, que chamou a torcida do Coritiba para brigar — afirmou o promotor Amorim.
A extinção em caso de violência está prevista no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre as organizadas, MPSC, Polícia Militar, Federação Catarinense de Futebol (FCF) e Associação Catarinense de Clubes após o caso da bomba, quando o aposentado Ivo Costa, de 63 anos, perdeu a mão.
— O TAC tem efeito para o Brasileiro, mas para as organizadas e clubes de Santa Catarina. As que vem de fora não são regulamentação. A partir do que aconteceu no domingo, acho que seria extremamente prudente sentarmos com a Polícia Militar, com a Federação e decidirmos quais medidas serão adotadas para as torcidas que vêm de fora — afirmou o promotor.
Uma das medidas pode ser até a proibição das organizadas de outros Estados de entrarem nos estádio Catarinenses. Mas tudo isso deve ser analisado e depende da interpretação de conceitos jurídicos.
Por causa do caso de domingo, dois torcedores do Coritiba estão presos em Florianópolis. Fernando dos Santos Pereira, 27 anos, e Alex Alessandro da Silva Santos, 26, foram detidos depois que o dono de um dos veículos depredados os acusou. O reconhecimento foi feito pela aparência e pelas roupas dos homens.
Fernando dos Santos (E), 27 anos, e Alex Alessandro da Silva (D), 26 anos, estão presos na Central de Polícia da Capital
Foto:
Estephani Zavarise
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