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 | 04/05/2008 22h36min

Leandro Machado não conquista título por detalhe

Técnico reverteu situação do primeiro jogo, mas foi vítima do regulamento na decisão

Cristiano Rigo Dalcin  |  cristiano.dalcin@diario.com.br

O técnico Leandro Machado não conquistou o título por detalhe, mas não pode ser acusado de responsável pela derrota da equipe na prorrogação. Com as peças que dispunha no grupo de jogadores, o treinador conseguiu reverter a situação gerada pelo primeiro jogo, mas acabou vítima das condições impostas por uma partida desgastante e pelo regulamento da competição.

Os 15 minutos iniciais do técnico Leandro Machado foram de observação. Com uma prancheta na mão direita, o técnico anotava todos os lances em busca de subsídios que pudessem ser usados no intervalo. A prancheta foi dispensada só depois que Valdeir tentou cavar sem sucesso um pênalti após uma disputa de corpo na área do Figueirense.

Sem a prancheta, Leandro passou a gesticular na tentativa de fazer com que os jogadores saíssem do campo defensivo para garantir o domínio territorial do jogo, o que só aconteceu após o gol do Figueirense.

Antes mesmo do final do primeiro tempo, Machado pediu para o atacante Jean Coral começar a aquecer, dando mostras de que estava disposto a modificar a equipe no intervalo.

A troca foi feita e de forma acertada. O técnico retirou Marcelo Rosa, que esteve apático nos 45 minutos iniciais. A equipe ganhou qualidade no meio-de-campo, que se aproximou do ataque. Machado também não esperou muito e colocou Zulu, em seguida, no lugar de um destoante Uendel.

A ousadia necessária naquele momento do jogo se revelou correta e os gols surgiram ao natural. Não satisfeito com o placar de 3 a 1, aos gritos e gesticulante, o técnico jogava junto com os comandados, quando a bola insistia em permanecer pelo lado direito de ataque do Tigre.

A última alteração foi guardada por Machado para os instantes iniciais da prorrogação. O técnico chamou Patric, para o lugar do exausto Luis André, que atuava improvisado na lateral direita. Com o gol do Figueirense, todas as estratégias foram abandonadas.

Restou ao técnico acompanhar os minutos finais em silêncio, e sair do gramado calado e resignado. Já no vestiário, o técnico ressaltou a bravura da equipe e lamentou que a definição do campeão não tenha ocorrido pelo saldo de gols.

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