| 19/04/2008 17h12min
Se o sábado foi de tensão na família do técnico Bernardinho Rezende por causa de decisão da Superliga Feminina de Vôlei, no domingo a ansiedade se repete, desta vez por causa da final masculina. O título será decidido entre o Cimed, de seu filho Bruno, e o Telemig Celular/Minas, a partir das 9h45, no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.
– A tensão por hoje passou, mas amanhã tem mais com o Bruno – reconhece Bernardinho. No ginásio lotado desta manhã, o filho fez questão de parabenizar o pai ao final da partida.
Na conquista do pentacampeonato do Rexona-Ades, Bernardinho ressaltou o lado psicológico e sua importância na decisão.
– O aspecto emocional foi determinante, assim como o saque que, quando começou a entrar, conseguiu segurar o ataque delas. O nosso bloqueio também funcionou bem. A equipe soube se superar e o mérito é todo das jogadoras. O fato de a final ser disputada em jogo único é importante, pois treina as jogadoras para todas
as competições internacionais.
A ponteira Sassá admitiu que a ansiedade atrapalhou o grupo no primeiro set, vencido pelas adversárias.
– No início, não sabíamos como o Finasa/Osasco iria atuar e ficamos ansiosas. Quando conseguimos controlar essa ansiedade, crescemos na partida – avalia.
Apesar do tropeço inicial, a atacante garante que o time nunca perdeu a confiança no título.
– Em momento algum deixamos de acreditar na vitória. Nosso principal fundamento na partida foi o bloqueio. É importante estar sempre 100% física e tecnicamente, independente se é pela seleção ou pelo clube, e fico feliz por ajudar da melhor forma possível o Rexona-Ades.
Eleita a melhor defesa da Superliga ela dividiu o sucesso com um colaborador muito importante.
– Dedico esse prêmio ao Tabach (Ricardo Tabach, assistente técnico de Bernardinho), pelo trabalho durante toda a temporada. Também preciso agradecer aos meus pais pelo carinho, amor e força. São
esses sentimentos que fazem com que consigamos atingir nossos
objetivos individuais.
Capitã e meio-de-rede do Rexona-Ades, Fabiana revelou o que mudou a postura da equipe a partir do segundo set.
– Começamos ansiosas e tensas, com vontade de virar de qualquer maneira todas as bolas. Quando acabou o primeiro set, questionamos: ‘Por que estamos assim? Não há necessidade disso. O ponto forte do Finasa/Osasco é o bloqueio´. A partir daí, passamos a responsabilidade para o adversário. Passamos a pingar mais as bolas e não a enfrentar o bloqueio como antes.
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