| 06/04/2008 17h10min
No Brasil desde a última quinta-feira, o atacante Samuel será examinado nesta segunda-feira pelos médicos da seleção brasileira de vôlei para saber qual exatamente é o motivo das dores que sente no ombro direito. Apesar de restarem pouco mais de quatro meses para os Jogos Olímpicos de Pequim, o jogador garante não estar receoso com sua situação.
– Não estou muito ansioso, não. Pelo que conheço de mim, do meu corpo, acho que não é nada muito complicado. Não é algo que vai me afastar muito das minhas atividades – aposta o atleta, que está em Minas Gerais com a família.
Os problemas do atacante começaram em fevereiro, quando já defendia o Lokomotiv, da Rússia. Único estrangeiro do grupo russo, o brasileiro confessa que havia sempre a expectativa por sua participação nos confrontos.
– Mas nunca fui obrigado a jogar. Eu queria jogar porque era estrangeiro, porque tinha um compromisso, mas não era uma decisão minha ou deles. Eles sempre me consultavam e chegávamos a uma conclusão comum – garante.
Mesmo tendo sido examinado e submetido a tratamento na Europa, Samuel confessa que os resultados foram pífios.
– Eles não conseguiram detectar (o problema) pela falta de instrumentos, digamos assim. Eu segui o tratamento que eles consideravam adequado, mas não estava melhorando e resolvi vir para cá. Não sei como é para os outros jogadores. Acho que não há problema. Mas no meu caso, não estava funcionando – explica.
Destacando a confiança que deposita nas orientações da equipe médica da seleção, o atacante preferiu contar com eles para sua recuperação.
– Vou para o Rio descobrir o que tenho e o grau da minha lesão. Estarei acompanhado por um pessoal em quem a gente confia.
Para voltar ao Brasil, o jogador rompeu o contrato com o clube faltando pouco mais de duas semanas para o seu final. Os problemas enfrentados na Rússia não fazem Samuel se arrepender da escolha feita há uma temporada.
– É importante você ter novas experiências, novos desafios. É uma experiência que vou levar para minha vida toda – diz, tranqüilo. Mas o futuro, ele mantém em mistério.
Em sua primeira temporada no vôlei russo, Samuel jogou como oposto, mesma posição que exercia no Minas Tênis antes da transferência. Na seleção, o atacante ocupa outra função: ponta. Mas para ele, não há problema na alternância.
– Fico mais confortável como oposto e acho que é natural porque joguei mais tempo nesta posição. Mas há mais de três anos estou como ponta na seleção e estamos sempre trabalhando e nos esforçando para melhorar e evoluir cada vez mais na posição – avalia.
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