| 01/04/2008 14h19min
A comemoração de Bebeto ao marcar o segundo gol avaiano no clássico contra o Figueirense ganhou repercussão nacional. Ao decretar a vitória do Leão aos 48 minutos do segundo tempo, o atacante pediu silêncio e foi vibrar em frente à torcida alvinegra em pleno Orlando Scarpelli. O fato trouxe à tona uma discussão: afinal, qual é o limite da irreverência?
No clássico catarinense, a atitude resultou em duas expulsões — Bebeto, por provocação, e o zagueiro alvinegro Asprilla, por ter agredido o atacante. Mas, no resto do país, as brincadeiras durante a comemoração dos gols dividem opiniões.
— Eu não vejo nada demais na comemoração dele fazendo um sinal (de silêncio) para a torcida. Até porque, às vezes, são 20, 30, 40 mil pessoas sacaneando um jogador e o time — opinou o técnico do Fluminense Renato Gaúcho, um dos primeiros a mandar a torcida adversária se calar.
O meia Marquinhos do Avaí também foi alvo de polêmica no clássico
por causa da dança feita para os torcedores
alvinegros. Entretanto, para Marquinhos, foi Bebeto quem pegou pesado.
— Foi um ato impensado nosso, a gente pede desculpa ao torcedor do Figueirense, que não merece isso — disse o meia.
CBF pode punir relevância de árbitros
O presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Sérgio Corrêa, considera o gesto exagerado e quer punição. Ele garantiu que os árbitros poderão ser afastados caso não punam com cartão amarelo, ou até mesmo vermelho, algumas comemorações provocativas.
Clássicas provocações
As provocações em clássicos já deram o que falar. Em 1993, Viola, do Corinthians, imitou um porco ao fazer um gol na partida contra o Palmeiras. Jogando pelo Santos, Diego já comemorou em cima do emblema do São Paulo, no Morumbi. Neste ano, Souza, do Flamengo, provocou os botafoguenses com um chororô.
— Um cara que já jogou comigo fez um gol e foi colocar a camisa sobre a estátua de um leão na
partida entre Paysandu e Remo, lá em Belém. Depois ele precisou ficar um mês e meio andando com segurança porque tinha torcedor querendo pegar ele — lembrou André Dias, zagueiro do São Paulo.
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