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 | 18/03/2008 13h57min

Tibete pede que chama olímpica não passe por seu território

Passagem da tocha pela região é vista como um ato político do governo da China

Não reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), o autodenominado Comitê Olímpico Tibetano afirmou nesta terça que renuncia de sua intenção de participar como ente independente dos Jogos Olímpicos de Pequim e pede que a chama olímpica não passe pela região.

A chama será acesa nas ruínas gregas de Olímpia na próxima segunda-feira e sua chegada ao território tibetano está prevista para o dia 19 de junho.

A passagem da tocha pela região é vista pelo suposto comitê tibetano como "uma tentativa do governo chinês de usar os Jogos para destacar suas reivindicações sobre o Tibete e, diante dos atuais protestos, só pode ser considerada uma provocação", segundo um comunicado proveniente de Lausanne, na Suíça.

O jogador de tênis de mesa Dominik Kelsang Erne afirma na mesma nota:

– Nós, os atletas tibetanos, não desejamos participar de Jogos construídos sobre o sangue e o sofrimento. Compreendemos plenamente as esperanças e os sonhos que todos os atletas levam para os Jogos, mas esperamos que os desportistas de outras nações não esqueçam a luta dos tibetanos e expressem sua solidariedade quando estiverem em Pequim.

O comunicado diz que "o comitê olímpico nacional tibetano retirou do COI sua solicitação para que uma equipe tibetana participe dos Jogos de Pequim".

O COI só admite os comitês olímpicos dos países reconhecidos pela comunidade internacional.

– Diante da força bruta usada pela China contra nossos compatriotas, não podemos em consciência tomar parte nos Jogos de Pequim – diz o presidente do autodenominado comitê olímpico tibetano, Wangpo Tethong.

EFE
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