| 18/03/2008 13h52min
O impasse entre o Tibete e o governo chinês segue longe de apontar para um final. Na manhã desta terça-feira, o Dalai Lama, líder espiritual tibetano, fez um pedido à paz, mas não deixou de responsabilizar a China pelo crescimento da violência na região. Para Dalai Lama, os chineses podem ter incitado a violência como uma maneira de desacreditá-lo no cenário internacional.
Falando em Dharmsala, na Índia, onde vive exilado, o líder espiritual tibetano pediu que os dois lados adotem a política de não-violência e disse que se não for encontrado um equilíbrio para a situação ele poderá ser obrigado a renunciar.
– Digo a chineses e tibetanos que não adotem a violência. É possível que alguns agentes chineses estejam envolvidos. Algumas vezes os regimes totalitários são muito espertos, por isso é importante investigar. Se as coisas tornarem-se fora de controle, a única opção é renunciar.
Um grupo de monges tibetanos iniciou uma onda de protestos pacíficos no último dia 10, quando completou-se 49 anos de dominação chinesa na área. Com o passar dos dias, a violência foi aumentando e levou à morte de 16 pessoas, deixando dezenas de feridos, em Lhasa. Segundo o Dalai Lama, o número de mortos já teria atingido a marca de 80 pessoas, mas o governo chinês nega a cifra.
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