| 11/03/2008 11h23min
A Fifa aponta que o presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, pode estar envolvido em um esquema de corrupção. A entidade se baseia em investigação a respeito da falência da ex-parceira de marketing, a ISL. O nome do dirigente paraguaio figura na longa lista de beneficiados por pagamentos de propina efetuados por uma empresa fantasma ligada ao grupo ISMM através de uma conta bancária de Liechtenstein.
Os pagamentos foram comprovados através das 228 páginas de um processo, cuja cópia foi entregue aos jornalistas nesta terça. Os arquivos revelam que o propósito geral da misteriosa conta bancária era subornar dirigentes esportivos para garantir contratos lucrativos para a ISL, que faliu em maio de 2001 com débitos estimados em torno de US$ 300 milhões – aproximadamente R$ 506 milhões. Na época, a empresa era parceira de Grêmio e Flamengo.
Leoz ainda não foi acusado de nenhum crime, já que o dossiê não dá indicações de que o paraguaio tenha recebido os cerca de US$ 130 mil, entre janeiro e maio de 2000, sugeridos pelos promotores do caso. As acusações de suborno, contudo, podem ser apenas a ponta do iceberg das investigações, já que estas estão mais focadas nas acusações de manobras ilícitas nos andamento do colapso da ISL.
Seis ex-executivos da ISL e da ISMM encaram acusações que vão desde desvio de dinheiro até falsificação de documentos, o que pode render até quatro anos e meio de prisão. Todos os acusados alegam inocência.
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