| 10/03/2008 22h21min
A matemática do milagre começou na Arena. Quase ninguém acredita que o Joinville tire 10 pontos de diferença do Metropolitano na classificação geral e chegue na Série C. Então, a alternativa é conquistar o segundo turno. A diferença para o líder é de três pontos. Se na calculadora as chances são reais, é na bola que tudo se complica para o JEC.
O time tem oito partidas pela frente. O que se fala na Arena é que sete vitórias dariam o título do segundo turno ao Joinville. São quatro jogos em casa e quatro fora.
— Vamos brigar enquanto existir uma possibilidade. Se não acreditasse, iria procurar um outro clube para jogar — disse o zagueiro e um dos poucos destaques do elenco no campeonato, Marcelo Ramos.
Apesar do discurso otimista do jogador, ele e seus companheiros sabem que a tarefa não é nada fácil. O futebol do Joinville ainda está longe de ser o de um time campeão. E se depender da sorte das últimas partidas, o JEC não vai a lugar nenhum. Contra a Chapecoense, o Joinville era melhor até o goleiro Vinícius largar duas bolas nos pés dos adversários. O empate por 2 a 2 complicou ainda mais situação do tricolor.
— Não podemos esperar pela sorte. É preciso ter competência para acertar e conseguir a vitória — ressaltou Marcelo Ramos, sem esquecer dos muitos problemas apresentados pelo clube ao longo do campeonato.
— Do time titular que começou o campeonato e o do que entrou em campo domingo, sobrou apenas eu e o Paulo Miranda — completou.
O presidente do clube, Adelir Alves, resume bem o que a não classificação para a Série C neste ano pode representar ao tricolor.
— Não são dois ou três pontos que iremos perder, mas sim um projeto de longo prazo que pode não dar certo por causa desses resultados. Claro que temos o medo de perder nossos patrocinadores. Não sei até quando eles terão motivação para seguir investindo em um time sem calendário — lamentou o dirigente.
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