| 02/03/2008 10h17min
Ganhador de quatro medalhas olímpicas (duas de prata e duas de bronze), Gustavo Borges foi o ícone de uma geração que elevou o nome da natação brasileira. Já aposentado das competições, o ex-nadador se dedica às suas academias, a expandir seu novo método de ensinar a nadar e a observar os novos talentos brasileiros. Destaques do Pan, Thiago Pereira, César Cielo e Kaio Márcio formam uma nova geração vitoriosa do esporte, mas, que para Gustavo, ainda precisa de uma coisa para registrar de vez seu nome no coração dos brasileiros: resultados relevantes nas grandes competições.
- Carisma eles têm para cativar o público. No Pan, foram muito bem. Mas precisam de medalhas em Olimpíadas e em Mundiais de piscina longa para marcarem de vez seus resultados – afirma.
Segundo informações do site Globoesporte.com, para o ex-nadador, esses resultados não devem demorar a vir. Para os Jogos Olímpicos de Pequim deste ano, Gustavo vê os três atletas com chances de medalha.
- A situação deles é bem diferente. O Thiago disputa com mais três nadadores uma medalha, porém a de ouro está bem distante dele. O Cielo vem tendo resultados muito bons, mas as provas dele (50m e 100m livres) acabam sendo um pouco loteria. Ele pode acabar com o ouro, ou em oitavo. O Kaio eu acho que tem chance nos 200m borboleta. Tudo vai depender de como eles estiverem no dia das provas.
Caso Rebeca preocupa Gustavo
O otimismo de Gustavo com a nova geração da natação brasileira só acaba quando o assunto é o caso de doping de Rebeca Gusmão. Para o ex-nadador, o assunto deixa uma marca negativa na campanha feita pelo Brasil nos Jogos Pan-Americanos.
- Qualquer caso de doping, sempre acaba manchando um pouco o esporte. E o caso dela teve uma repercussão muito grande, afinal era a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha de ouro em Pans. Mas, mesmo sem as medalhas da Rebeca, os resultados da natação brasileira no torneio foram excepcionais.
Sobre outro caso que abalou as estruturas da natação nacional – o caso do suposto abuso sexual que Joanna Maranhão teria sofrido - Gustavo diz que não tem muito a falar.
- Ainda não conversei com ela, mas vejo que está muito segura de todo o caso. Acho que ela só se sentiu bem para falar agora.
Futuro indefinido
Fora das piscinas, Gustavo tem projetos bem definidos a curto prazo, porém, para o futuro, o ex-nadador ainda não definiu o que fará.
- Tenho feito clínicas e eventos para divulgar meu método de ensino de natação. Embora tenha uma parte social, é uma consultoria e, portanto, visa o lucro. A curto prazo é isso que vou fazer. Não sei se um dia me candidatarei ao cargo de presidente da CBDA, mas, se isso acontecer, será daqui a bastante tempo.
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