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 | 18/02/2008 06h46min

Futebol contra o Guarany só aparece depois de gritos de Abel

Jogadores levaram uma carraspana do técnico no intervalo da vitória por 2 a 0

Guilherme Fister  |  guilherme.fister@zerohora.com.br

Abel Braga precisou perder a voz para o Inter achar o tom certo no 2 a 0 sobre o Guarany, sábado. O time mostrou o bom futebol de outros tempos, apesar de só engrenar depois dos gritos do técnico no intervalo. Eles salvaram a tarde dos 19.855 torcedores que foram ao Beira-Rio — o maior público do Gauchão.

O técnico chacoalhou o time no vestiário e o fez jogar. Como um torcedor definiu no intervalo, o Inter fazia excelente primeiro tempo até o gol de Fernandão. Só que ele aconteceu aos 23 segundos — foi o mais rápido do Gauchão.

Depois disso, o Inter jogou de forma displicente ao perceber que o Guarany pouco ameaçava - e quando assustava, era pelos pés do veterano lateral-direito Edinho. Abel entrou no vestiário no intervalo prometendo mudança de atitude. Estava irritado com a morosidade da equipe. Deu um bronca tão grande que ficou afônico.

— Você vê pela minha voz. Estou rouco de tanto gritar — disse.

A exemplo do ocorrido contra Juventude e Brasil, o Inter melhorou no segundo tempo. Jogou com facilidade. Teve três bons lances e um gol anulado antes dos 10 minutos.

O brilho máximo da tarde, no entanto, viria cinco minutos depois. Fernandão tocou de calcanhar para Andrezinho, a boa surpresa do sábado. Ele lançou com capricho a Alex na marca do pênalti. Em um giro, o meia tirou o goleiro e lateral Anderson do lance e fez o gol com um toque leve.

Depois disso, Bustos e Fernandão ainda acertariam a trave. Foram 10 arremates em 45 minutos. Compensaram a pachorra do primeiro tempo, de duas conclusões em 45 minutos.

— Criamos bastante, mas não conseguimos colocar no placar tudo o que produzimos — resumiu Fernandão.

Foi mesmo uma atuação de luxo. Jogadas ensaiadas de falta e escanteio, tabelas e intensa movimentação. Até os zagueiros Sidnei e Marcão apareceram com freqüência no ataque atrás do gol. Tudo isso sem relaxar na defesa. Por isso, Bebeto Rosa, técnico do Guarany, resignou-se com a derrota:

— É muito difícil segurar o Inter. É um time que se desprende fácil da marcação.

Os jogadores, até pela carraspana de Abel, são prudentes. Dizem que o time ainda chegará ao ápice físico. Mas sábado, sob 30ºC, correu até o fim.

Valdir Friolin / 

Abel perdeu a paciência com a apatia do time na partida contra o Guarany
Foto:  Valdir Friolin


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