Em um dia de muitas homenagens, o ex-jogador de futebol argentino Alfredo Di Stéfano, 81 anos, presidente de honra do Real Madrid, recebeu, neste domingo, na capital espanhola um troféu da Uefa das mãos do chefe da entidade, o ex-craque francês Michel Platini. O dirigente definiu Di Stéfano como "um deus dos gramados".

– Não se pode imaginar a história do futebol sem sua extraordinária presença – disse Platini no camarote de honra do Estádio Santiago Bernabéu.

Falando em espanhol, o atual presidente da Uefa também elogiou a técnica individual perfeita e as arrancadas arrasadoras do argentino, marca registrada de sua época no River Plate durante os anos 40. Após ser recebido pelos presentes com aplausos de pé, Alfredo di Stéfano assistiu a um vídeo com imagens de sua carreira e fez um longo discurso durante o qual controlou a emoção por meio de seu tradicional bom humor.

Em sua primeira frase, a lenda argentina definiu o dia de hoje como "um duro jogo de futebol" para o qual treinou com o objetivo de resistir às emoções, antes de admitir que não está acostumado a ler discursos.

– Rio para não chorar – afirmou Di Stéfano.

O ex-jogador disse estar orgulhoso por ter sido agraciado com o mesmo prêmio já obtido por jogadores como o italiano Paolo Maldini e o inglês Bobby Robson.

O presidente do Real Madrid, Ramón Calderón, abriu o primeiro ato da homenagem, que continuou no centro esportivo de Valdebebas com a apresentação de uma estátua em homenagem ao argentino. O presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, autoridades do governo espanhol, além de técnicos e jogadores de futebol - tanto aposentados quanto em atividade -, foram algumas das personalidades que estiveram em Valdebebas.

– Hoje é um dia importante para o Real Madrid e para todos os que querem render um duplo tributo a uma lenda – disse Calderón, que agradeceu à Uefa por ter concedido a possibilidade de celebrar estas homenagens no Santiago Bernabéu.