| 17/01/2008 21h03min
Os dirigentes do Cruzeiro se reuniram nesta quinta-feira com um grupo de investidores portugueses interessados em construir uma arena multiuso para o clube. Na reunião foram discutidas a abrangência do empreendimento, as estratégias de exploração do estádio e os detalhes do contrato, que poderá ser assinado nos próximos meses.
– É mais uma reunião de rotina, vamos dizer dessa forma. Hoje, é um dia importante, porque foram discutidos aspectos comerciais e jurídicos do contrato – comentou o presidente Alvimar de Oliveira Costa.
Além dos dirigentes celestes, participaram do encontro o presidente da empresa de marketing TBZ, João Barroqueiro, o advogado Manoel Tinoco e o arquiteto Pedro Santos, do escritório de arquitetura Plarq, que assinará o projeto. Segundo o presidente do Cruzeiro, os investidores querem não só construir o estádio, mas investir em um complexo comercial, de hotelaria, shoppings centers e até condomínios residenciais no entorno da obra.
O lugar que deve ser escolhido para o estádio pode ser um empecilho para a construção do mesmo. Existe uma lei municipal, que limita o tamanho das construções nesta região da capital mineira.
– O coeficiente calculado para execução do empreendimento permitido nesta região é de 1 por 1, ou seja, é necessário que haja uma lei municipal para elevar este coeficiente para 3 por 1, é necessário que o poder público municipal viabilize esta mudança, estamos num processo avançado. Eu acredito que nós próximos meses a gente já tenha uma definição da construção do estádio – disse Alvimar.
O presidente do Cruzeiro afirmou que, caso a negociação seja oficializada, será o maior investimento em Minas Gerais nos últimos 20 anos, e que traria milhões de reais em impostos e milhares de vagas de emprego para os mineiros. Segundo Alvimar, outro fator importante é a possibilidade real de Belo Horizonte ser uma das 18 sedes da Copa do Mundo de 2014. Além de que, a arena poderia significar a independência financeira do clube.
– Nós entendemos que a partir do momento que o Cruzeiro tenha sua casa própria, o Cruzeiro fica auto-suficiente, e não tão necessitado de transferência de jogadores para o mercado, principalmente, o europeu. Hoje, a bilheteria de estádio representa muito pouco nas nossas receitas anuais, não passa de 10, 15%, enquanto que seus concorrentes na Europa, as suas receitas oscilam em 35% só em bilheteria. E a partir do momento que você tenha um estádio, uma arena multiuso, que ofereça higiene, conforto, segurança, naturalmente você vai conseguir agregar valor ao ingresso. E com a conclusão do estádio, que eu espero que aconteça em breve, o Cruzeiro passa a ser um clube praticamente independente de transferência de jogadores – concluiu o presidente do Cruzeiro.
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