O sorteio da fase de grupos da Copa Libertadores, realizado nesta quarta-feira em Assunção, na sede da Conmebol, foi benéfica para o Flamengo. Apesar de estar no mesmo grupo do Nacional do Uruguai, tricampeão da competição, o time brasileiro terá outros dois adversários com pouca tradição.

O Rubro-negro foi sorteado como cabeça-de-chave do Grupo 4. Além dele e do time uruguaio, caiu nessa chave o Coronel Bolognesi do Peru. O último membro será definido no confronto entre os peruanos do Cienciano e o Wanderers do Uruguai.

Tanto Cienciano, Wanderers e Coronel Bolognesi nunca enfrentaram o clube da Gávea em uma Libertadores. Destes, somente o primeiro poderá usar a altitude a seu favor, caso a Conmebol continue a ignorar o pedido da Fifa para que os clubes também limitem seus jogos à 2750 metros acima do nível do mar. Isso porque o Cienciano, caso passe pelos uruguaios na fase preliminar, obrigará o Flamengo a subir a mais de 3000m.

No ano passado, o Rubro-negro havia reclamado muito por ter de jogar nas alturas contra o Real Potosí da Bolívia. Após o empate por 2 a 2, diretores alegaram que os jogadores foram heróicos e que poderiam ter sofrido problemas de saúde graves. O único clube com que o Flamengo já atuou pela Libertadores foi o Nacional. Em 1991, os cariocas enfrentaram os uruguaios na primeira fase e venceram nas duas ocasiões, por 1 a 0 e 4 a 0. Mesmo assim, o time acabou sendo eliminado nas quartas-de-final pelo poderoso Boca Juniors.

Essa será a nona participação do Fla no torneio sul-americano. A equipe teve seu melhor desempenho em 81, quando se sagrou campeã em cima dos chilenos do Cobreloa. Em 82 e em 84 o clube chegou às semifinais, porém acabou eliminado em ambas.

GAZETA PRESS