| 07/11/2007 13h
O assessor de futebol Paulo Pelaipe será julgado nesta quarta, a partir das 18h, no Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por ofensas à auditora Renata Quadros, ao marido dela Alexandre Quadros e ao procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt. O dirigente foi denunciado no artigo 188 – manifestar-se de forma desrespeitosa, ou ofensiva, contra membros da Justiça Desportiva, e contra árbitro ou auxiliar em razão de suas atribuições, ou ameaçá-los.
Pelaipe pode ser suspenso por 30 a 180 dias por cada acusação. José Mauro do Couto Filho, um dos advogados que trabalhará na defesa do gremista, explica que as declarações do dirigente não constituem ofensa.
– O que foi dito, entende a defesa do Grêmio, pode ter sido uma crítica ácida à atuação da Justiça Desportiva ou a alguns de seus membros, mas não constitui ofensa, nem desrespeito. Essa será a tônica da defesa. Vamos ter desdobramentos, vamos sustentar, por exemplo, essa possibilidade de arrolar como ofendido o procurador, porque ele não integraria diretamente a Justiça Desportiva – afirmou.
Sobre a punição – que pode chegar a 360 dias –, Couto destacou que se Pelaipe for condenado, não poderá representar o Tricolor:
– Ele pode freqüentar o Grêmio. O que ele não poderia freqüentar seriam os espaços reservados dessas praças de esporte. O que colocamos ao dirigente é que ele não se apresente como representante do clube naquele momento em que está suspenso – afirmou.
Em relação à participação da auditora Renata Quadros nos julgamentos de Tcheco e Eduardo Costa, na sexta-feira, o advogado disse que não há impedimento legal para evitar a presença dela.
– Não há nenhum impedimento na participação dela, porque envolveria atletas do Grêmio ou a agremiação. Poderia haver uma incompatibilidade dela no julgamento envolvendo o Paulo Pelaipe. Ela é uma pessoa que tem lisura, é uma pessoa ética – salientou.
Eduardo Costa e Tcheco serão julgados pelos incidentes da última quarta diante do Atlético-PR. O volante, que acertou uma voadora em Claiton após o jogo, foi denunciado pelo artigo 253 do CBJD (agressão), que prevê de 120 a 540 dias de suspensão. O capitão da equipe, expulso após discutir com o árbitro Wagner Tardelli, foi citado no 252 (ofensa moral ao árbitro), e corre o risco de ficar sem jogar de dois a seis jogos.
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