O meia Tcheco, que será julgado na sexta-feira pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por ter ofendido o árbitro Wagner Tardelli após ser expulso contra o Atlético-PR, na semana passada, ainda acredita que poderá defender o Grêmio nesta reta final do Brasileirão — faltam três jogos contra São Paulo, no domingo, América-RN, dia 25, e Corinthians, no dia 2 de dezembro.

O jogador corre risco de ser suspenso por dois a seis jogos. Tcheco defende que não é reincidente no STJD já que foi absolvido por uma suposta agressão ao atacante Souza, do Flamengo, em julho. Segundo ele, ser réu primário pode ajudar.

— Não sou reincidente porque fui absolvido no primeiro caso. O artigo que caí (ele foi citado no artigo 252, ofensa moral ao árbitro) é de dois a seis jogos (de pena). Só se tiver pura maldade para eu não jogar. Acho que vou jogar sim ainda este ano e vamos classificar para a Libertadores — disse Tcheco, citando que jogadores como Valdívia, do Palmeiras, e Túlio, do Botafogo tiveram punições leves no STJD por agressões graves, segundo ele.

Sobre a troca da braçadeira, que agora ficará com o zagueiro William, Tcheco disse que a decisão do técnico Mano Menezes foi correta. O meia elogiou o colega e novo capitão gremista.

— Ele é muito capacitado para isso. Tem liderança no grupo e sabe chegar com mais calma para falar com juiz já que eu estou muito marcado pela arbitragem — disse Tcheco, após o treino desta manhã no Estádio Olímpico.

Além de Tcheco, o volante Eduardo Costa também foi denunciado pela procuradoria do STJD pela agressão em Claiton, do Atlético-PR, e pode pegar de 120 a 540 dias de suspensão no julgamento de sexta-feira.

A procuradoria do Tribunal deve usar como prova contra o jogador, que nega ter dado uma voadora em Claiton, uma gravação de uma rádio de Curitiba que entrevistava o atleticano no momento da agressão.