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 | 02/11/2007 10h29min

China reprimirá manifestações não autorizadas durante a Olimpíada

Atividades ilegais de cidadãos do país e estrangeiros serão punidas com o mesmo rigor

A China alertou que qualquer manifestação, protesto ou passeata não autorizada pela polícia durante os Jogos Olímpicos de 2008 será reprimida de acordo com as leis do país. A informação está na edição desta sexta do China Daily.

– Do mesmo modo que protegerá as atividades legais de acordo com a lei, a polícia se encarregará das ilegais também conforme a legislação – disse o porta-voz do Ministério da Segurança Pública, Wu Heping.

– A Constituição da China outorga a seu povo liberdade de reunião, desfile e manifestação. Mas também temos leis detalhadas para tais atividades, que requerem a aprovação da polícia – acrescentou Wu.

Faltando menos de dez meses para os Jogos, grupos pró-direitos humanos, ativistas ambientais e organizações religiosas se organizam para divulgar suas reivindicações durante as duas semanas de Jogos Olímpicos, quando Pequim receberá mais de 20 mil jornalistas estrangeiros.

A Anistia Internacional (AI), organização proibida na China, por exemplo, iniciou hoje uma campanha que recolhe assinaturas por e-mail sob o título "Pequim 2008: que todos vejam o que se joga na China".

– As próprias autoridades chinesas prometeram melhoras nos direitos humanos se sua candidatura olímpica fosse escolhida – diz a AI, lembrando que a pena de morte continua a ser aplicada freqüentemente sobre 68 tipos de delitos, e que ainda há censura na internet e a detenção de jornalistas.

Durante a iminente entrada de ativistas ocidentais durante os Jogos, a China adverte que as atividades ilegais de cidadãos chineses e estrangeiros serão punidas com o mesmo rigor, podendo receber multas, detenções e processos penais.

Para que uma manifestação obtenha permissão deve ser solicitada com cinco dias de antecedência, esclarecer o propósito do protesto, hora e percurso, e inclusive os cartazes e slogans que serão utilizados, além do número de participantes. O COI proibiu qualquer tipo de ativismo político no interior dos locais de competição em 1968 depois que os velocistas americanos John Carlos e Tommie Smith fizeram a saudação do "black power" (poder negro) ao receber as medalhas. Por isso a preocupação de Pequim está no que poderá acontecer nas imediações dos estádios.

Enquanto isso, segundo Wu, o Grupo de Coordenação para a Segurança durante os Jogos Olímpicos, formado por 20 ministros, já está trabalhando.

AGÊNCIA EFE
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