| 22/10/2007 07h34min
A temporada 2007 da Fórmula-1, marcada por denúncias, espionagens e decisões fora das pistas, será definida no tapetão. Depois de divulgar que não puniria os carros da BMW Sauber e Williams, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) confirmou que recebeu um protesto da McLaren, que apelou da decisão.
Assim, o título do finlandês Kimi Raikkonen volta a ser ameaçado, já que, em caso de punição às duas equipes, o inglês Lewis Hamilton subiria para a quarta posição no GP Brasil e levaria o título da categoria, com 112 pontos.
A decisão, porém, só sairá em uma audiência na Corte de Apelação da FIA, que deve ser marcada para 10 de novembro. Até lá, o piloto da Ferrari pode comemorar o título inédito na categoria.
A confusão foi proporcionada pelo resultado da medição da temperatura do combustível dos carros das duas equipes. A checagem técnica verificou que as amostras retiradas dos carros inspecionados estavam de 12°C a 14°C abaixo dos 37°C registrados em Interlagos durante a prova, sendo que o limite exigido pelo regulamento é que o combustível esteja, no máximo, 10ºC abaixo da temperatura ambiente.
Como a Williams foi quarta colocada com Nico Rosberg, enquanto a Sauber terminou com seus dois carros na quinta e sexta posição, respectivamente, Robert Kubica e Nick Heidfeld, uma possível desclassificação dos três beneficiaria diretamente Hamilton.
Porém, após quase três horas de reunião, a FIA divulgou que "havia dúvidas razoáveis quanto ao registro das duas temperaturas tanto a do combustível do carro quanto à verdadeira temperatura ambiente, o que tornou inapropriado impor qualquer tipo de penalização". A decisão agora é contestada pela McLaren e levará a definição para os tribunais.
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