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 | 19/10/2007 09h32min

Barrichello recusa rótulo de perdedor

Piloto falou sobre sua carreira às vésperas do GP do Brasil

Na contagem regressiva para o GP do Brasil, Rubens Barrichello, piloto da Honda, falou sobre sua carreira no automobilismo e os temas que marcaram sua passagem pela Fórmula-1: a falta de sorte, a imagem de perdedor e a responsabilidade de ter sido escolhido como o substituto de Ayrton Senna como o ídolo brasileiro. Rubinho acredita que toda sua carreira, incluindo os anos em que foi o escudeiro de Michael Schumacher na Ferrari, afasta seu rótulo de perdedor.

– A imagem é sim diferente daquela do Ayrton Senna, de acordar e com certeza ter a emoção da vitória. Estou longe de ser perdedor, principalmente dentro das pistas, por tudo aquilo que conquistei – afirma o brasileiro.

Para Barrichello, sua contribuição para a Fórmula 1 já foi dada ao expor as movimentações internas de equipe no GP da Áustria de 2002. Na ocasião, o brasileiro estava prestes a ganhar a prova, mas teve que dar a primeira posição a Michael Schumacher na última reta por ordens da Ferrari.

– Uma coisa que tenho certeza que (contribuí), para que a F-1 pudesse ser um pouco mais aberta ao público, foi a (corrida na) Áustria, quando tive que deixar o Michael passar. Isso fez com que as regras de hoje fossem mais abertas; A FIA, agora, escuta o rádio. De certa forma, isso é uma contribuição – acredita o brasileiro.

Barrichello descartou a frustração de não ter conseguido substituir à altura o ídolo Ayrton Senna, morto em 1994.

– Nunca quis ser o Ayrton e nunca falei que queria ser. O povo brasileiro não sabe da história inteira de tudo que aconteceu em meus anos de Ferrari. Não estou aqui para choramingar, mas a minha visão é que eu já teria sido campeão do mundo facilmente porque eu tinha o melhor carro do grid.

O ex-ferrarista também revelou que está escrevendo sua autobiografia, onde pretende dar ênfase aos anos que correu pelo time de Maranello.

– Estou no primeiro capítulo, sobre o kart... o capítulo maior vai ser o da Ferrari. Não quero que 100% do povo me ame, quero só contar a realidade – encerrou o brasileiro.

GAZETA PRESS
Sebastião Moreira / EFE

Rubinho, em Interlagos, ao lado de Felipe Massa
Foto:  Sebastião Moreira  /  EFE


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