O pagamento de policiais militares para fazer a segurança nos estádios do Grêmio e do Inter no Brasileirão durante um ano possibilitaria a compra de 16 viaturas ou a contratação de 650 novos homens para a Brigada Militar (BM). O cálculo foi feito pelo Secretário da Segurança, José Francisco Mallmann, em entrevista ao programa Gaúcha Repórter nesta terça.

Ele ressalta que, se os clubes pagarem R$ 10,49 por hora para cada PM, em 12 meses, a BM arrecadaria R$ 540 mil. Mallmann ainda lembrou que a maior parte dos times do Interior já paga a taxa, fato desconhecido pelo vice de administração colorado, Décio Hartmann.

Uma lei de 1985 determina a cobrança, mas a legislação está sendo questionada judicialmente pelos clubes. Além disso, em 2003, foi assinado um termo de ajustamento de conduta dos clubes com o Ministério Público sobre esse pagamento. Hartmann também reiterou que o Inter não assinou o termo de ajustamento de conduta. O presidente do Grêmio, Paulo Odone, procurado pela reportagem da Rádio Gaúcha decidiu não gravar entrevistas sobre as declarações do secretário Malmann.

Uma resolução que entra em vigor em 27 de setembro, determina que os estádios terão um policial militar e mais seis seguranças privados contratados pelo clube para cada mil torcedores. Na próxima segunda, ocorre uma reunião entre os clubes, a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) e a Brigada Militar para tentar chegar a um acordo.

MILENA SCHOELLER / RÁDIO GAÚCHA