| 04/06/2007 16h25min
Se preparando para a Copa América da Venezuela, a Seleção Brasileira realiza mais um amistoso nesta terça, às 15h15min (de Brasília), no Westfallenstadion, em Dortmund. Depois de empatar em 1 a 1 com a Iglaterra em Wembley, o Brasil reencontra um adversário que esteve presente em momentos recentes importantes do time verde-amarelo: a Turquia.
Na conquista do pentacampeonato de 2002, os turcos cruzaram o caminho do Brasil duas vezes. Na estréia, com a ajuda da arbitragem, que marcou um pênalti inexistente nos minutos finais, os brasileiros ganharam por 2 a 1. Nas semifinais, mesmo com uma grande atuação do goleiro Rustu, os turcos não evitaram a derrota de 1 a 0. Um ano depois, a Turquia deu o troco, arrancou um empate por 2 a 2 e tirou a Seleção da Copa das Confederações.
Os dois times de hoje têm muito pouco a ver com os daqueles confrontos, já que as duas seleções passam por um momento de reestruturação e mudança de gerações. Dunga, técnico da Seleção Brasileira, porém, acredita que as dificuldades do Brasil serão enormes no duelo desta terça.
– A Turquia tem peças novas, mas uma forma de jogar que continua dificultando a vida de seus adversários. Os turcos marcam muito bem, congestionam o setor de meio-de-campo e são rápidos na saída da defesa para o ataque. É um time difícil de ser batido e será mais um grande teste para a nossa equipe – analisou o treinador.
O treinador já avisou que vai usar o amistoso contra a Turquia para fazer alguns testes e analisar jogadores. Segundo ele, isso não foi feito contra os ingleses por se tratar de um clássico mundial, de maior tradição. Nesta terça, porém, não existe a preocupação do obter um resultado mais expressivo.
– Sabemos que sempre que a Seleção Brasileira entra em campo todos esperam a vitória e uma grande atuação. Mas pretendo usar esse amistoso contra a Turquia para observar o máximo de jogadores que puder. O mais importante no ano não é esse jogo e sim a Copa América e as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010 – lembrou Dunga.
Para este jogo fica a expectativa sobre o aproveitamento de Ronaldinho e Kaká, que pediram dispensa da Copa América. A tendência é que ambos comecem jogando, mas o técnico ainda não descartou iniciar a partida com por Elano e Diego. Autor do gol contra a Inglaterra, este último está na expectativa para jogar com a camisa amarela na Alemanha, onde foi eleito o melhor jogador da última temporada.
A Turquia, segunda colocada no Grupo C das Eliminatórias para a Eurocopa de 2008, com 13 pontos, dois a menos que a líder Grécia, vem de uma derrota por 3 a 2 para a Bósnia, fora de casa. O técnico Fatih Terim convocou um grupo muito jovem, com vários nomes da seleção sub-21 do país. Para ele, um confronto com o Brasil será muito importante para dar experiência a seu novo plantel.
– A Turquia passa por um momento de reestruturação de sua seleção, terminando uma geração que chegou ao ápice com a terceira posição na Copa do Mundo de 2002. Tenho a missão de montar uma nova Turquia, mas com a cobrança normal por resultados. Estamos perto de nos classificarmos para a Eurocopa e enfrentar o Brasil, mesmo num amistoso, é muito importante para dar experiência a qualquer grupo – disse Fatih Terim.
O treinador da Turquia fará uma mudança em relação ao time que perdeu da Bósnia. Arda Turan deixa a equipe para a entrada do experiente meia Tugay Kerimoglu, de 36 anos, que vai usar este amistoso como uma festa de despedida da seleção turca, que defendeu em 93 ocasiões até aqui. Após esse duelo com os brasileiros, ele vai se dedicar apenas ao seu clube, o Blackburn, da Inglaterra.
– Será uma grande emoção deixar seleção da Turquia num dia muito importante como esse, em que teremos a oportunidade de mais uma vez enfrentar a Seleção Brasileira. Lembro que jogamos duas vezes com o Brasil no Mundial de 2002 e, apesar de termos sido derrotados, fizemos grandes jogos. Esta terça-feira será especial para mim – disse Tugay.
Além do reencontro com a Turquia, a Seleção Brasileira voltará a jogar no Westfalenstadion. Nesse mesmo estádio, o Brasil, comandado por Carlos Alberto Parreira, venceu o Japão por 4 a 1 e Gana por 3 a 0, na Copa do Mundo de 2006. A trajetória brasileira na Alemanha, no entanto, só é lembrada pela péssima atuação e a derrota por 1 a 0 diante da França, nas quartas-de-final, em Frankfurt.
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