| 10/05/2007 20h30min
O que parecia fácil, acabou virando dramático na Vila Belmiro. Depois de levar dois gols logo no primeiro tempo do jogo, o Santos teve que correr atrás do prejuízo para virar o jogo contra o Caracas e fazer 3 a 2, no confronto de volta pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores da América. Na ida, em Caracas, houve empate de 2 a 2.
O Caracas saiu ganhando com um gol de José Manuel Rey, aos 22 minutos do primeiro tempo. Wilson Carpinteiro ampliou para os venezuelanos aos 31. A reação santista iniciou três minutos mais tarde com o zagueiro Adaílton. Aos 40, Zé Roberto empatou para os brasileiros.
No segundo tempo, novamente Zé Roberto marcou o decretou a classificação do Santos às quartas-de-final. Na próxima fase, o time treinado por Wanderley Luxemburgo irá enfrentar o América-MEX, que eliminou o Colo Colo, do Chile.
Animado pela conquista do título estadual, o Santos começou a partida desta quinta-feira envolvendo o Caracas. Pedrinho e Zé Roberto movimentavam-se bastante no meio-campo, dificultando o trabalho dos marcadores venezuelanos. A pressão inicial, porém, não resultou em nenhuma chance clara de gol para o Peixe.
Do outro lado, o Caracas compensava a deficiência na criação com chutões para frente, que não chegaram a incomodar Fábio Costa. Com o tempo, as bolas esticadas para o ataque transformaram-se em finalizações de longa distância. O primeiro a tentar foi González, aos 18 minutos, quando o goleiro do Santos só olhou a batida passar por cima.
Se as investidas dos venezuelanos com a bola rolando não surtiram efeito, uma cobrança de falta culminou no primeiro gol da partida. A jogada já havia sido apontada como arma do Caracas pelos santistas durante a semana. A precaução não adiantou. Aos 22, José Manuel Rey encheu o pé e acertou o canto de Fábio Costa. Silêncio momentâneo na Vila Belmiro.
Ao som de “o Santos é o time da virada, o Santos é o time do amor”, que ecoou pela primeira vez das arquibancadas pouco após o gol dos visitantes, o Peixe tentou reagir. Mas, passados dez minutos, sofreu outro golpe. Em lance de contra-ataque, aos 32, Olivares cruzou da direita, Carpintero se antecipou a Adaílton e cabeceou para as redes.
Apesar do susto, o Peixe não se desesperou. Pedrinho e Zé Roberto seguiam dominando o meio-campo e davam esperanças à torcida. Quem trouxe maior alegria ao público, contudo, foi um zagueiro. Aos 34, Adaílton, que também marcou na decisão estadual contra o São Caetano, descontou. Marcos Aurélio avançou pela direita e rolou a bola para o beque, dentro da área e de primeira, colocar no ângulo.
Foi o suficiente para a Vila Belmiro virar novamente um caldeirão. Empurrado por seus torcedores, o Santos acuou o Caracas no campo de defesa. O empate veio ainda no primeiro tempo. Kléber, que já vinha participando de boa parte das investidas do Peixe, passou para Marcos Aurélio fazer nova assistência, agora da esquerda. Zé Roberto completou de letra, aos 40 minutos. Golaço.
O intervalo esfriou o Santos, que demorou alguns minutos para demonstrar a mesma força ofensiva do término da etapa inicial. Aos 10 minutos, Cléber Santana tabelou com Marcos Aurélio, porém não conseguiu o mesmo que Adaílton e Zé Roberto. O goleiro Toyo chegou primeiro. Na seqüência, Pedrinho também tentou jogada com o atacante. E concluiu para fora.
Diante do panorama da partida, com um Caracas que se limitava aos contra-ataques, o técnico Wanderley Luxemburgo resolveu entrar em ação. Assim como na final do Paulistão, quando foi feliz com a entrada de Moraes, ele apostou em um jovem atacante. O prata-da-casa Renatinho substituiu Jonas e Rodrigo Tabata entrou no lugar de Pedrinho.
O Peixe ganhou em velocidade. E contou com seu craque, o experiente Zé Roberto, para chegar ao placar favorável. Aos 21 minutos, outra vez Marcos Aurélio serviu o camisa dez, que protegeu da marcação e chutou no canto: 3 a 2, a virada do Santos.
Após o terceiro gol, o clima voltou a ser festivo na Vila
Belmiro. O Caracas não tinha forças
para investir contra o goleiro Fábio Costa, e o Santos passou a administrar o resultado positivo. Luxemburgo ainda trocou Marcos Aurélio pelo zagueiro Marcelo antes do apito final, e perdeu Adaílton, expulso por falta dura em Carpintero. Satisfeita com o “time da virada”, a torcida do Peixe terminou o jogo com dois pedidos: “fica, Zé Roberto” e “vamos ser tri, Santos”.
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