Revoltado com a atuação do árbitro argentino Héctor Baldassi no jogo de quarta com o Defensor, o vice de futebol do Flamengo, Kléber Leite, alertou o Grêmio sobre um suposto complô argentino na Copa Libertadores. Para o dirigente, a intenção é beneficiar o Boca Juniors nos cruzamentos da competição.

– O Grêmio precisa ter o maior cuidado. Essa escalação desse árbitro argentino para essa partida foi uma coisa sintomática. Evidentemente, para o Boca Juniors seria muito mais interessante cruzar com o Defensor do que com o Flamengo, principalmente porque o último jogo seria no Maracanã – acusou Leite.

O dirigente do Flamengo também fez duras críticas à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). Segundo ele, o árbitro argentino foi mal escalado para o jogo entre Flamengo e Defensor, que acabou classificando os uruguaios para as quartas-de-final.

– Eles colocaram um árbitro argentino quando poderia ter colocada um árbitro de uma federação inteiramente desinteressada. Colombiana, equatoriana, boliviana, chilena, mexicana, enfim, tinha tanto árbitro para colocar. Mas estranhamente colocam o árbitro argentino quando o Boca Juniors tem interesse direto – disse.

Amigo pessoal de Kléber Leite, o assessor da presidência do Grêmio, Alfredo Oliveira, o Carioca, foi contatado pelo dirigente rubro-negro ainda na madrugada desta quinta. O dirigente gremista afirmou que o clube está atento ao que acontece fora de campo e espera uma arbitragem desinteressado nos duelos contra os uruguaios do Defensor.

– O Kléber é um velho amigo e em função desse alerta dele creio que a Federação Sul-Americana vai se poupar do desgaste de colocar um árbitro argentino quando o Boca é diretamente interessado no desfecho desse jogo. Mas a gente está atuando em todas as aéreas e temos que ter muito cuidado fora do campo. Nós, por exemplo, nesse jogo contra o São Paulo, solicitamos arbitragem brasileira e fomos atendidos parcialmente, apenas no primeiro jogo – comentou Carioca.