| 02/01/2007 09h28min
Alvo de uma proposta de 3 milhões de euros a ser apresentada nesta terça pelo Betis, o lateral-direito Ceará afirma estar contente pela valorização, mas ao contrário da maioria dos jogadores, não se mostra ansioso com a possível transferência para a Espanha. Tal postura, diz o jogador de 27 anos, se chama gratidão.
– É claro que estou contente com a idéia de ir para a Espanha, mas jamais alguém do Betis me procurou. Tenho contrato até 2010 com o Inter e sou feliz em Porto Alegre – disse Ceará, que está de férias na praia do Guarujá, no litoral paulista. – O Inter apostou em mim, nunca vou criar confusão ou exigir uma transferência. Gostaria muito de ficar no Beira-Rio, ainda que haja interesse da Espanha.
Além da boa quantia em dinheiro, o Betis estaria oferecendo o lateral-esquerdo Jorge Wagner. Porém esta idéia não agrada muito a direção colorada, já o atleta forçou sua saída do Beira-Rio após a Libertadores, no ano passado.
Ceará chegou ao Inter de Muricy Ramalho em 2005. Era reserva do São Caetano e seguiu nesta mesma condição no Beira-Rio. Mas isso não o incomodava, afinal, o técnico já o havia indicado ao São Caetano em 2004, quando o lateral estava desempregado. Havia respeito e gratidão por Muricy.
A vida de Ceará, nascido Marcos Venâncio de Albuquerque, começou a mudar mesmo na noite de 27 de julho de 2006, em Assunção, Paraguai, quando ele foi titular no empate com o Libertad – um dos jogos mais dramáticos do Inter na Libertadores. Elder Granja, titular da lateral-direita e um dos diamantes do técnico Abel Braga, sofrera lesão muscular e não voltaria mais na temporada. Ceará convenceu como lateral e até como zagueiro.
Cinco meses depois do jogo de Assunção, Ceará anula Ronaldinho na final do Mundial de Clubes e recebe uma proposta em euros para ir para a Espanha.
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