O goleiro Fabiano, 30 anos, foi dispensado pela direção do Juventude nesta segunda, dia 31. O jogador, que falhou no primeiro gol da derrota por 4 a 3 para o Figueirense, sábado, chamou o técnico Hélio dos Anjos de covarde ao ser substituído no intervalo. A direção entendeu o ato como insubordinação e alegou ainda desgaste para rescindir o contrato do atleta.

– Simplesmente ele não aceitou passivamente uma decisão técnica minha, chegou, em alguns momentos da conversa, a alterar o tom de voz comigo, mas nada mais do que isso – destacou o treinador.

Quem assume o gol do Alviverde nos sete jogos restantes pelo Brasileirão é Rafael, 24 anos, campeão da Copa do Brasil deste ano pelo Paulista.

– Desde que cheguei estava esperando por essa chance. Não queria entrar na equipe dessa forma, após os incidentes que aconteceram com o Fabiano, mas tenho que aproveitar da melhor forma possível.

Esta não foi a primeira vez que Fabiano se envolveu em confusões na carreira. O episódio mais marcante ocorreu em 2003, quando estava no América-MG. Ele agrediu o árbitro paranaense Marcos Tadeu Mafra durante um jogo pela Série B contra o Avaí e pegou 180 dias de suspensão por não ter concordado com um cartão amarelo aplicado a ele. Em 1997, quando defendia a Ponte Preta, ele pulou o alambrado do Estádio Moisés Lucarelli e enfrentou um grupo de torcedores a socos. No ano seguinte, na Portuguesa, envolveu-se em uma confusão com a Polícia Militar.

– Pedi desculpas a ele (Hélio dos Anjos). Estou muito triste pelo que aconteceu, mas, apesar disso, já o considero como um amigo. A direção foi muito sincera comigo, ficou um desgaste muito grande pelo episódio e chegamos a um consenso – disse Fabiano, que reconheceu ter se exaltado no vestiário do Estádio Orlando Scarpelli.